O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, participou nesta terça-feira, nos estados de Pernambuco e da Paraíba, de solenidades de assinatura de ordens de serviço para viabilizar o projeto de duplicação da BR-101 Nordeste.

No fim da tarde, Passos segue para o município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte, onde assina documento para execução de obras de restauração da rodovia, trecho que vai do Km 142 ao 177.

Grupos de consórcios vão realizar o empreendimento, que envolve 335 quilômetros nos três estados, e deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2009. A obra vai demandar investimentos do governo federal de R$ 1,5 bilhão.

Em um dos canteiros de obra da rodovia, na cidade de Escada, na Zona da Mata de Pernambuco, o ministro afirmou que a estrada duplicada, que ligará a capital do Rio Grande do Norte, Natal, às capitais da Paraíba (João Pessoa) e de Pernambuco (Recife) e à cidade pernambucana de Palmares, representa o cumprimento de uma promessa de governo para gerar desenvolvimento na região.

Passos enfatizou que o projeto vai garantir a trafegabilidade rodoviária com maior rapidez e segurança e incrementar o turismo. “Com as obras, será possível escoar cargas da produção
agrícola de grandes volumes, estimular novos arranjos produtivos na agroindústria e impulsionar turismo, que passará a ser mais atraente, resultando em renda, empregos e bem-estar social”,
afirmou.

As obras em Pernambuco, que envolvem os lotes 6, 7 e 8, incluindo 125 quilômetros de rodovia, vão consumir R$ 750 milhões. O Lote 6, que se inicia na divisa de Pernambuco com a Paraíba, prosseguindo até o município Igarassu, está sob responsabilidade do Exército brasileiro. No contorno urbano, entre os municípios de Abreu e Lima e Jaboatão dos Guararapes, o montante previsto para ser gasto no projeto é de R$ 94 milhões.

Na Paraíba, as extensões totalizam recursos de R$ 242 milhões, enquanto no Rio Grande do Norte o valor do investimento na rodovia será de R$ 174 milhões.

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Mauro Barbosa Silva, afirmou que atualmente mais de 4.500 obras rodoviárias, que envolvem contratos de R$ 14 bilhões, estão em andamento no país. Ele disse que os empreendimentos são viabilizados com recursos oriundos do imposto que os cidadãos pagam sobre os combustíveis (Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que gera uma arrecadação, para o Ministério dos Transportes, de R$ 8 bilhões ao ano.