A concessionária alerta os usuários neste período sobre o risco dos veículos lentos

Durante o escoamento da safra de cana-de açúcar nesta época do ano, a concessionária Entrevias, responsável por 570 km de vias no eixo entre Florínea, na divisa com o Paraná, e Igarapava, na divisa com Minas Gerais, reforça o monitoramento de rodovias.

Principalmente em trechos de aclive, e intensifica a limpeza das vias e de dispositivos de acesso, por meio de rotinas de conservação para evitar que resíduos de cana derrubados na rodovia causem acidentes, entre eles o tombamento de motos. A empresa atua ainda em conjunto com a Polícia Militar Rodoviária, informando a corporação sobre situações de veículos pesados irregulares.

O tráfego de veículos pesados, o que inclui os canavieiros, representa 40% (6,5 mil) do VDM (Volume Diário Médio) de veículos na Rodovia Anhanguera, no eixo viário de Ribeirão Preto a Igarapava, na divisa com Minas Gerais. Do início da concessão, em 2017, até julho de 2022, ao menos 12% dos acidentes envolvendo veículos pesados tinham relação com a baixa velocidade em que trafegavam, segundo levantamento de segurança viária da empresa.

Atenta à segurança viária, a companhia reforça para que usuários mantenham a distância segura do veículo que trafega à frente, e principalmente, que considerem a diferença de velocidade existente. Sistemas inteligentes de iluminação que identificam a presença de veículos pesados em trechos de subida também são aliados da concessionária na prevenção de acidentes (veja abaixo).

Esses reforços são necessários, em meio à safra – de abril a setembro –, porque aumenta a presença de veículos pesados e de canavieiros que trafegam em baixa velocidade ao longo dos 570 quilômetros de rodovias sob concessão da empresa, sobretudo na região de Ribeirão Preto, polo sucroalcooleiro. Em muitos casos, a carga mal acondicionada e a falta de refletivos em bom estado de conservação aumentam exponencialmente os riscos, segundo o 1º tenente Fernando Frederico, do 3º BPRV.

“Nossa atenção é redobrada e fiscalização também. Os principais tipo de irregularidades encontradas são quanto a falta de refletivo, falta de lonas/telas para cobrir a carga in natura e pneus em mau estado de uso”, afirma o tenente. Isso porque desde 2017 é proibido o tráfego de caminhões canavieiros em rodovias municipais, estaduais e federais sem que a carga esteja coberta, segundo resolução 618 do Conselho Nacional de trânsito (Contran).

A visibilidade é outro problema relacionado. Levantamento da Entrevias aponta que os casos de colisões envolvendo veículos pesados são mais comuns no final da tarde e à noite, já que nem todos os condutores seguem as recomendações previstas na legislação de trânsito, como a resolução 643/2016 do Contran, que determina a utilização de faixas refletivas nas laterais e traseira de veículos de transporte rodoviário com peso bruto acima de 4.536 kg e tampouco mantêm a iluminação traseira adequada.

De acordo com o tenente, colisões transversais e frontais também ocorrem com frequência.

Segundo o gerente de Operações da Entrevias, Jorge Baracho, outro fator que prejudica a visibilidade durante a safra é a falta de limpeza dos veículos após saírem dos canaviais.

“Há muitos casos de motoristas que trafegam com a carga descoberta, que cai principalmente em dispositivos de acesso. A Entrevias não tem poder de polícia para autuar, fiscalizar ou deter os veículos em situações deste tipo, mas sempre comunica a Polícia Militar Rodoviária”, completa.

Iluminação automatizada

Com foco em reduzir os acidentes do tipo colisão traseira causados pela baixa velocidade de caminhões em trechos de aclive, a companhia implementou uma tecnologia em dois pontos da Rodovia Anhanguera, em Jardinópolis e entre Orlândia e São Joaquim da Barra.

Trata-se de sistemas automatizados e seletivos de iluminação, que identificam a presença de veículo pesado e acionam, gradualmente, algumas sequências de postes de iluminação com lâmpadas LED. A tecnologia ajuda com que motoristas de veículos leves fiquem alertas sobre a presença de caminhões pesados em baixa velocidade.

O mecanismo conta com “laços indutivos” instalados nas faixas de rolamento e distantes cerca de 6 metros um do outro. Assim, a passagem de veículos comerciais sobre os dois laços aciona o primeiro conjunto de iluminação e inicia uma contagem de tempo que determina o acendimento dos demais postes em sequência.

Esse sistema gera maior visibilidade aos motoristas de veículos de passeio dos veículos comerciais que estão à frente. Quando o veículo comercial finaliza sua passagem pelo trecho, a iluminação se apaga automaticamente.

“Motoristas que seguem em velocidade normal e já estão “embalados” podem se deparar com veículos que chegam a reduzir, às vezes, para 40 km/h em trechos de subida”, diz Jorge Baracho, gerente de Operações.

A Entrevias também mantém alertas aos motoristas em seus Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs) sobre a necessidade de se manter uma distância segura em relação ao veículo pesado que segue à frente, e redobrar a atenção no período noturno. Colisões traseiras em veículos pesados são mais comuns na Rodovia Anhanguera (SP-330), em trechos de aclive próximos a Jardinópolis, São Joaquim da Barra e Orlândia, e na SP-322, próximo a Sertãozinho, Pitangueiras e Pontal.

Usuários que se deslocam pela área concedida à Entrevias contam com suporte 24 horas por dia, para as mais diferentes ocorrências e podem estabelecer contato com a empresa em caso de incidentes através do 0800 3000 333 ou pelo Entrevias Wi-fi SOS.