Uma queda de um bloco de pedra, de cima de um caminhão, ontem à noite, em Irauçuba, região Norte do Estado, provocou a morte (por esmagamento) de uma família de quatro pessoas que trafegavam em uma bicicleta. Uma das crianças ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A mulher estava grávida de sete meses

Uma família inteira foi morta por esmagamento, ontem à noite, no quilômetro 158 da BR-222, no município de Irauçuba, na região Norte do Estado, a 155 quilômetros de Fortaleza. No acidente, um bloco de granito caiu de cima de um caminhão atingindo a bicicleta na qual um casal e seus dois filhos viajavam. A mulher estava grávida. O motorista do veículo deixou o local sem prestar socorro às vítimas.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a bicicleta era conduzida por Francisco Rodrigues de Oliveira Filho, 27 anos, que carregava no varão a filha Carliane Oliveira do Nascimento, 4 anos. Na garupa seguiam a esposa Maria Carla Gomes do Nascimento, 22 anos, e o outro filho Francisco Oliveira do Nascimento, 2 anos. O casal e a menina tiveram morte imediata, enquanto o menino morreu a caminho do Hospital Municipal, após não resistir à perda da perna e ao esmagamento de parte do rosto.

Segundo os policiais rodoviários, os corpos ficaram bastante mutilados. A Polícia Rodoviária Federal cogita que o caminhão que carregava os blocos de granito deveria estar em alta velocidade e uma das pedras se desprendeu em uma curva porque há três meses a estrada foi recapeada e não há buracos na via. Apesar dos graves ferimentos, policiais constataram que a mulher estaria grávida, por volta do sétimo mês de gestação.

De acordo ainda com os primeiros levantamentos dos policiais rodoviários e dos policiais do destacamento de Irauçuba, o bloco de granito seria em forma de cubo, com altura aproximada de dois metros.

Em entrevista ao O POVO, por telefone, um policial rodoviário disse que a região possui um intenso tráfego de caçambas com blocos de granito, mas que a fiscalização é rigorosa. “Tanto que este é o primeiro acidente que acompanho em 10 anos que estou aqui (posto de Irauçuba, que fica a cinco quilômetros do local do acidente)”, ressaltou o policial. Os blocos têm como destino uma empresa situada em Caucaia.

Segundo o policial rodoviário, o motorista do caminhão é conhecido do posto e nunca teve problemas com a fiscalização. “Se ele não parou para socorrer as vítimas é porque ele temia que a população se revoltasse, não foi por irresponsabilidade. Ele é um homem experiente, que não bebe, não fuma e é benquisto por nós, policiais”, afirmou. De acordo ainda com o policial, a firma de Caucaia é rigorosa com a segurança do transporte das pedras, que são amarradas com cabos de aço. O caso será investigado pela Delegacia de Itapajé.