São Paulo – O comandante da reserva do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Paulo Chaves de Araújo, critica a falta de investimentos das concessionárias na segurança dos usuários das estradas. Ele disse, para a última edição da revista “Auto Esporte”, que as administradoras das rodovias “não investem na criação de equipes de bombeiros”.
O motivo da reportagem foi o acidente entre Jarinu e Itatiba, na Rodovia Dom Pedro 1º, no dia 29 de janeiro, quando um caminhão da General Motors pegou fogo e destruiu R$ 1 milhão em veículos. No caminhão “cegonha” havia 11 carros com destino a Ribeirão Preto.
Com o título “Queima de Estoque”, a publicação mostra o “flagrante” do fotógrafo da Editora Globo, Ernesto de Souza, quando o caminhão pegava fogo e não havia bombeiros no local para o socorro.
Foi necessário acionar os bombeiros de Atibaia e Itatiba, para apagar as chamas.
A Assessoria de Imprensa da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) informou que a responsabilidade de salvamento e combate a sinistros é de cada concessionária.
A Assessoria de Imprensa da Dersa, que administra a Rodovia Dom Pedro, onde ocorreu o acidente com o caminhão de veículos da GM, informou que não dispõe de bombeiros e faz uso dos “dispositivos” da Polícia Militar, que são os bombeiros, sendo eles os responsáveis pelos atendimentos.
O gestor de Tráfego da AutoBAn, Fausto Cabral, diz que a declaração do bombeiro ‘não é verdadeira’. A empresa, pelo menos, possui três caminhões pipas para combater fogo. Na época de estiagem, a AutoBAn ainda contrata caminhões extras. Já os seus funcionários passam por treinamentos em Valinhos, em uma empresa montada por um ex-coronel do Corpo de Bombeiros, que possui licença ambiental para provocar fogo em mato e ensinar como combater os sinistros.