Fim de ano, início de verão e problema antigo. O asfalto da PR-323 não resiste as chuvas típicas do período. Em 2005 a erosão engoliu as duas vias da principal rodovia de acesso a Umuarama. Agora o buraco volta a ameaçar, mas ao invés do viaduto o trecho ameaçado é a saída para Guaíra, próximo ao trevo de acesso para Mariluz.
Por enquanto apenas uma rua secundária que da acesso a uma empresa de comércio de grãos foi danificada. No entanto, o buraco avança e está a pouco mais de 10 metros da PR-323.
Gilberto de Lima Pereira, vigilante de uma empresa situada próxima ao buraco alerta: “Há cerca de 10 meses o buraco começou a ser formado no meio de um pasto vizinho, mas com as enxurradas das chuvas a erosão cresceu. Hoje tem cerca de 200 metros de comprimento, 10 de largura e uns 5 de altura”, contou.
No Departamento de Estradas de Rodagem (DER) o responsável pelo setor não foi encontrado pela reportagem. Um atendente contou que o engenheiro responsável estava em reunião em Curitiba e só retornaria ao trabalho após o Natal.
Pereira afirma que o buraco no asfalto foi feito em apenas um dia de chuva. “Na noite de anteontem (terça-feira) choveu 100 milímetros, ontem (quarta-feira) 34 milímetros e hoje (ontem) pela manhã havia chovido 25 milímetros. Essas chuvas foram suficientes para destruir quase a metade do asfalto. A estação das chuvas está só começando. Se o DER não fizer reformas a erosão vai destruir a rodovia e causar riscos de mortes aos motoristas”, alertou.
Retrospectiva – No ano passado o buraco na PR-323 foi aberto com as primeiras chuvas. Na ocasião os do DER diziam que a erosão havia sido ocasionada devido a ligações clandestinas de esgotos, que com as fortes chuvas não aguentaram o alto fluxo das águas e se romperam. Depois de aberto, a situação do buraco só piorou, chegando a ter, antes do início das obras, cerca de 10 metros de profundidade por 15 de largura.
Nos 60 dias em que o buraco ficou aberto, foram registrados pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), posto de Cruzeiro do Oeste, cinco acidentes, sendo um deles com vítima fatal. Além dos acidentes, outra preocupação era o tráfego de caminhões pesados dentro da cidade, que desviavam da rodovia, por não acharem o local seguro.