SÃO LUÍS – Cerca de 50 caminhoneiros que vêm protestando nos últimos dias às margens da BR-135, reivindicando receber pelo frete e a estadia de um carregamento de soja recusado por duas exportadoras no Porto do Itaqui, prometem realizar novas manifestações nesta segunda-feira. Os caminhoneiros afirmaram que, no início da tarde, vão sair em carreata e parar o trânsito na nas proximidades do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado e em frente às filiais das empresas alvos dos protestos, que ficam localizadas próximo ao Terminal Rodoviário.

Segundo Walter Joner Pereira de Sousa, presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), os caminhoneiros vão fazer carreata e buzinaço na porta destas empresas e parar o trânsito por mais de uma hora. Ele afirmou que a manifestação é uma forma de tentar abrir negociações com as empresas que recusaram o carregamento.

Neste fim de semana não houve protestos dos caminhoneiros, que estão concentrados na BR-135, próximo ao Posto Magnólia 2. Semana passada, quinta e sexta-feiras, eles bloquearam parte da rodovia, sentido aeroporto/Estiva para chamar a atenção da população para seus problemas, pois já estavam há 13 dias parados sem saber o que fazer com suas cargas. Hoje completam 16 dias que a soja foi recusada no Itaqui.

São cerca de 1,8 mil toneladas do produto, vindo das regiões de Chapadinha e Baixo Parnaíba. A carga seria entregue no Porto do Itaqui a duas exportadoras, a Bunge e a Cargill. De acordo com os caminhoneiros, a carga foi recusada pelas empresas sob alegação de que o produto continha impurezas.