A Polícia Rodoviária Federal estuda um mecanismo para retirar dos canteiros de seus postos de fiscalização nas BRs do Rio Grande do Norte os carros apreendidos por multa ou rebocados por acidente que se acumulam sem que os proprietários se interessem em removê-los. Atualmente mais de 600 veículos estão guardados ao lado dos postos, alguns deles já estáo lá há 10 e até 12 anos no mesmo lugar.
O chefe do setor jurídico da Superintendência da Polícia Rodoviária no RN, Henrique Pessoa, disse que uma das alternativas será a assinatura de um convênio, com uma instituição pública ou privada, que se responsabilize pela remoção dos veículos das estradas e pela guarda deles em local fechado e com segurança. Não há ainda um projeto em execução com relação ao fechamento desse convênio, mas já existe essa disposição dentro da PRF para que ele seja iniciado. Com um contrato assim, a Polícia Rodoviária vai terceirizar um trabalho que hoje é problemático para ela e poderá gerar, inclusive, divisas para o Poder Público, pois a partir do momento em que os carros forem rebocados e guardados, o proprietário será obrigado a pagar uma taxa diária de permanência até resolver retirá-lo da guarda da Polícia e encaminhá-lo para acomodações próprias.
Hoje, como não há um sistema de guarda e segurança eficiente, a Polícia Rodoviária prefere não cobrar pela permanência dos veículos no canteiro lateral da rodovia ao lado de seus postos, pois não há estrutura para conservar o automóvel, nem pessoal suficiente para uma vigilância adequada. Na Grande Natal a estrutura que mais se aproximava do modelo de eficiência era a cerca que delimitava os carros apreendidos no posto de fiscalização a BR 101, em São José de Mipibu. Mas com a duplicação da rodovia, a cerca teve que ser derrubada e os carros, alguns bem velhos, foram colocados à margem da pista do outro lado das obras de duplicação.