Uma questão de segundos. Assim o motorista Júnior Viana, 36 anos, descreve o período em que perdeu o controle do veículo e despencou de altura de 5 metros para dentro do rio Jutai, na PA-324, em Santarém Novo, ontem, às 13h. “Pensei ter perdido minha família. Só conseguia pensar na minha família. Quando percebi, a água já tinha invadido o carro e minha mulher e filho se afogavam”, relembra ainda em estado de choque e com o braço esquerdo todo machucado, pois havia quebrado o vidro para sair.

Por sorte, moradores da área viram a cena e correram para salvá-los. “Estava chovendo muito forte naquela hora, mas ele não vinha correndo. Estávamos todos no balneário que fica do outro lado da rua quando vimos o carro voando em direção ao rio”, conta o morador Luis Paulo Loureiro, 34, que conseguiu arrancar o cinto da cadeirinha e resgatar o filho de Júnior, de 2 anos, enquanto outros retiravam sua esposa. Ambos foram conduzidos pelo Corpo de Bombeiros para Salinas, de onde a família havia saído.

Na hora do acidente, cerca de 20 pessoas mergulharam no rio para evitar que o carro ficasse submerso. Segundo a moradora Elinara Correia, 16 anos, acidentes são comuns naquele trecho. “No ano passado, um carro caiu no mesmo lugar, mas não caiu dentro do rio. Por outro lado, o motorista bateu em uma árvore e morreu. Se este senhor estivesse correndo, com certeza teria caído com o carro na parte mais funda do rio”, diz, alegando que o rio tem cerca de 2m de profundidade.

Estradas têm mais acidentes na volta para casa

A chuva já havia terminado ontem, às 15h, e tudo ia bem até a barra de direção do caminhão quebrar e o motorista Paulo Sérgio Carvalho, 24 anos, perder o controle e sair da pista, na rodovia BR-316, km 96, em Santa Maria do Pará. Muito assustado, Paulo teve pressão baixa e quase desfaleceu no meio da pista após ter saído do veículo, momento em que o caseiro João Bosco, 30 anos, correu para socorrê-lo.

“O caminhão dele quebrou e foi parar com tudo no meio do mato. Por sorte, não havia mais nenhum veículo na estrada, então eu corri para evitar que ele desmaiasse no meio da pista quando desceu”, conta. Após deitar por alguns instantes no asfalto, Paulo recobrou a consciência e foi conduzido para o posto da PRF mais próximo.

ANANINDEUA

Cerca de uma hora depois, no km 14, da BR-316, em Ananindeua, o vigilante Adelson Tavares, 40 anos, colidiu seu carro com a traseira de uma picape, destruindo a parte frontal do veículo. Ele estava alcoolizado. “Sim, eu vacilei. Não consegui brecar a tempo e deu nisso”, confessa, apontando para a batida.

A PRF também chegou rápido ao local e convenceu Adelson a fazer o teste etílico (bafômetro), que acusou 0,70 mg de teor alcoólico no sangue, isto é, muito além do permitido em lei. “O limite para infração é de 0,14 mg. Agora, irá responder por crime de trânsito”, explica o inspetor Leonardo Sales.

BRAGANÇA

Um acidente entre um ônibus da empresa Transajuruteua e um carro congestionou a PA-454 (Bragança-Ajuruteua) por mais de uma hora.

O ônibus trafegava no sentido Ajuruteua/Bragança quando colidiu com um Gol prata que ia em direção à praia, por volta das 11h30. Como o ônibus viajava quase vazio, os poucos passageiros tiveram pequenos ferimentos. Entretanto, os dois passageiros do automóvel sofreram ferimentos graves e precisaram ser retirados com a ajuda do Corpo de Bombeiros.

Após serem retirados, os passageiros foram levados em estado grave para o Hospital Santo Antônio Maria Zacarias, onde foram feitos os primeiros atendimentos para em seguida, se necessário, serem conduzidos para uma casa de saúde na capital.

O que diz a Lei?

Art. 306 – Conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem.

Pena – Detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Diário do Pará)