A convocação global de cerca de 135 mil veículos pela Kia Motors, na última semana, foi suficiente para promover uma mudança radical no comando da montadora sulcoreana. O executivo Chung Sung-eum, agora ex-CEO da Kia, pediu demissão, poucos dias após o anúncio do recall que envolve os utilitários Soul, Sorento e Mohave – os três são importados da Coreia do Sul para o Brasil. O líder decidiu assumir a culpa pelos chamados para proteger a imagem da empresa.

Apesar de baixo diante dos milhões de veículos convocados pela Toyota no início desse ano, o recall acendeu o alerta na cúpula da Kia. A montadora teme perder a (tão batalhada) credibilidade dos consumidores quanto à qualidade de seus produtos. No lugar de Chung Sung-eum, assumiu o presidente da marca, Hyoung Lee Keun, com o aval da dona Hyundai. O recall anunciado na semana passada envolve 35 mil veículos comercializados nos Estados Unidos e outros 100 mil vendidos mundo afora. A montadora detectou problemas na fiação da rede elétrica dos veículos, com risco de incêndio.