As seis concessionárias do Anel de Integração vão iniciar hoje uma panfletagem direcionada aos caminhoneiros que trafegam nas estradas do Paraná transportando cargas perigosas. A iniciativa é apoiada pela Defesa Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Pesquisas feitas pelas concessionárias verificaram que os acidentes com cargas perigosas são causados em sua maioria por imprudência, imperícia, falta de manutenção dos veículos, uso excessivo dos freios mecânicos sem auxílio do freio motor e desrespeito às leis de trânsito. Outro dado importante é de que 32% dos acidentes com cargas perigosas ocorrem no período noturno – que por sua vez corresponde a apenas 6% do total do fluxo das rodovias pedagiadas.

São “cargas perigosas” os combustíveis líquidos e gasosos, tóxicos, corrosivos, tintas, solventes, óleos lubrificantes, etc. O derramamento desses produtos causa, além de perdas humanas e materiais, degradação da qualidade da água dos rios e mar, solo, ar, prejuízo à saúde humana, à fauna e flora, depredação do patrimônio público e privado e prejuízo às atividades econômicas.
Concessionárias e Poder Público têm funções claras e distintas no caso de acidentes com cargas perigosas. As concessionárias disponibilizam estrutura para o atendimento de apoio imediato e acionam os órgãos e instituições – IAP, PRF, Defesa Civil, DER, Imprensa, Bombeiros etc. Ao Poder Público cabe coordenar as atividades que visem evitar ou reduzir os impactos ambientais, a identificação dos responsáveis para as tarefas de limpeza do entorno e recuperação de degradações eventuais, até a aplicação de penalidades decorrentes de lei. As ações de limpeza e recuperação do entorno são do transportador, embarcador ou destinatário.

De acordo com o coordenador do Grupo de Treinamento Controle Emergência (GTCE) do Comitê de Operações das concessionárias, Sérgio Lima, há outras ações necessárias para a redução dos acidentes que independem do esforço das concessionárias. “É preciso fazer com que as transportadoras e motoristas autônomos cumpram as leis trabalhistas também nas estradas, para que seus motoristas tenham horas para trabalhar e horas para descansar e não necessitem rodar no período noturno quando os reflexos e visão são reduzidos”. Enfatiza ainda que o desrespeito as leis de trânsito é a principal causa de acidentes.