As vias alternativas dão acesso à Estrada do Coco sem o pagamento de pedágio. Elas são quatro: Fazenda Cajazeiras (via de retorno de Salvador ao litoral norte), Las Palmas, Via Parque e Várzea Grande. A importância delas vai além de se livrar da taxa do pedágio. Para pequenos comerciantes das redondezas, as vias significam sobrevivência econômica.

É o caso de Osvaldo Garcez Montenegro, 67 anos, proprietário de uma loja de material de construção nas proximidades de Jauá há 16 anos. “O movimento chegou a cair 70% depois do pedágio. O número de funcionários caiu de sete para dois”, afirmou.

A loja de Montenegro é a única das três à beira da pista oposta à entrada de Jauá que mantém hoje as portas abertas. “O único sobrevivente sou eu”, disse. Os outros dois comerciantes – lojas Tempo de Construir e Vavá Material de Construção – não conseguiram manter os negócios, depois da chegada do pedágio. Não tiveram a oportunidade de se recuperar dos prejuízos com a reabertura das vias alternativas. “Se não fossem as vias, a gente estava ilhado”, explicou Montenegro.

O prejuízo financeiro trazido pelo pedágio atingiu outros comerciantes de Camaçari. Segundo o diretor-executivo da associação de comerciantes local, Luciano Sacramento, o pedágio foi “uma tragédia para a região”.