Até outubro, 25 radares fixos serão instalados ao longo dos 402 quilômetros da Via Dutra. Dez vão operar no trecho paulista, nos municípios de Guarulhos, Arujá, São José dos Campos, Caçapava e Lavrinhas.
Os primeiros seis equipamentos começam a funcionar na segunda-feira, na região da Serra das Araras, no Rio. Segundo a NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, a instalação dos radares foi liberada pela Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) depois de um estudo que previa medidas para coibir o excesso de velocidade.
Por enquanto, a Via Dutra conta apenas com a fiscalização de radares móveis da Polícia Rodoviária Federal, que continuarão a ser usados. No ano passado, a concessionária registrou 9.518 acidentes na rodovia, com 4.726 feridos e 246 mortos. O aumento no número de acidentes, em relação a 2006, foi de 12%. Naquele ano, a empresa registrou 8.464 acidentes, com 230 mortos. Segundo levantamento da NovaDutra, 26% das colisões são traseiras, 12% ocorrem nas laterais e 10% envolvem engavetamentos, causados por excesso de velocidade.
Em alguns trechos da Serra das Araras, a velocidade máxima permitida é de 40 km/h para automóveis, caminhões, ônibus e motos. No trecho paulista, o limite varia de 80 a 110 km/h. A concessionária está divulgando as mudanças por meio de faixas e painéis eletrônicos na rodovia.
O Código de Trânsito Brasileiro considera infração média transitar em velocidade 20% superior à permitida – a multa é de R$ 85,13 e o motorista ainda é penalizado em quatro pontos na carteira. Até 50%, a infração é grave, com multa de 127,69 e cinco pontos na CNH. Acima disso, o motorista é multado em R$ 574,62, além de ter o direito de dirigir suspenso.
Nas ruas de São Paulo, a Prefeitura prevê a instalação de 354 radares até o fim do ano. Quatro licitações estão em andamento. A aquisição dos equipamentos está orçada em R$ 40,2 milhões por um período de 48 meses. São 175 radares fixos, 26 móveis e 153 lombadas eletrônicas.
A previsão inicial do secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, era de que os radares estariam nas ruas até o fim de abril. O atraso, segundo ele, ocorreu por impasses jurídicos. A última previsão feita pela secretaria, no início de julho, indicava que os equipamentos seriam instalados em 60 dias.
Atualmente, há 40 equipamentos fixos e 100 lombadas eletrônicas na capital. Com os novos radares, a Prefeitura estima arrecadar R$ 557 milhões com multas, um aumento de 17% em relação a 2007. Nos últimos três anos, a arrecadação de multas na cidade cresceu 70%.