De hoje até dia 28 o governo federal promove uma série audiência públicas em municípios do Amazonas para discutir a construção da rodovia BR-319. A estrada interliga Manaus (AM) a Porto Velho, capital de Rondônia. Ao todo, serão seis audiências. Nelas, serão discutidas as propostas de criação de unidades de conservação na área de influência da rodovia. A ação envolve o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ibama e o governo do Amazonas.O Amazonas é o Estado que possui a maior área de floresta na Amazônia.
Devido à expectativa da abertura ou da pavimentação de estradas na região vem aumentando a especulação e ocupação desordenada da terra. Essa ação causa grandes prejuízos para a natureza e para as populações locais. Para reduzir o ritmo da ocupação desordenada e evitar o desmatamento ilegal, o governo federal estabeleceu a limitação administrativa provisória de áreas no entorno dessa rodovia no Amazonas.
O projeto do governo prevê a criação de duas reservas extrativistas (Ituxi e Médio Purus), uma reserva de desenvolvimento sustentável estadual (Igapó-Açu), duas florestas nacionais (Tapauá e Iquiri), uma reserva nacional ou estadual em Beruri e os parques nacionais do Umari, Coari e Jarí. A proposta ainda propõe a ampliação da Floresta Nacional de Balata-Tufari ou criação de uma reserva extrativista naquela região.
A área de influência da BR-319 tem extensão de 15,4 milhões de hectares, sem as terras indígenas já reconhecidas e unidades de conservação criadas. O trajeto da estrada passa pelos municípios de Anamã, Anori, Autazes, Beruri, Borba, Caapiranga, Canutama, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Humaitá.