Seis estudantes morreram a caminho da escolaDois anos depois, familiares de seis estudantes mortos em acidente na SC-467, retornaram ao local para prestar homenagem às vítimas. As crianças estavam indo estudar, quando, numa manobra equivocada do motorista do micro-ônibus, uma carreta atingiu o veículo.
Duas lombadas físicas foram colocadas na rodovia, uma antes e outra depois do Km 27, onde é a entrada da linha Alegro do Marco, local em que cinco das seis vítimas estudavam. Há três cruzes em homenagem a Sabrina Royer dos Santos, 11 anos; Dari José dos Santos Júnior, 10; e Alberto Carlos Dapont, 12, que morreram no local, além de uma capelinha com a foto deles e das outras três vítimas. Andressa Aparecida Stangherlin, 15, morreu a caminho do hospital; Josiane da Conceição, 12, e Leonardo do Amaral, 11, morreram no Hospital Regional do Oeste.
O motorista do micro-ônibus, Aurélio Ficagna, foi condenado a seis anos e nove meses de detenção. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por cinco anos. Mas isso não serve de consolo para os pais.
– A sentença não trará eles de volta – disse Albanete, mãe de Alberto.
A irmã de Alberto, Naiara, ajoelhou-se em frente à foto do irmão e amarrou uma fita preta numa das cruzes. Todos os presentes usaram fitas pretas no braço.
O pai de Andressa, Leonísio Stangherlin, ainda está revoltado.
– A condenação não resolve. Isso ocorreu principalmente por causa da incompetência dos políticos – disse.
Ele se referiu ao caso do motorista condenado, que ficou em último num concurso público para o cargo. Só depois a prefeitura contratou concursados e fez treinamento com eles.
Uma das mães está superando a perda. Rosiclei do Amaral recebeu a ligação de uma pessoa de Criciúma, que vive com o fígado de Leonardo.
– Um pedaço dele está ajudando outra pessoa – conforma-se Rosiclei.