O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) anunciou na terça-feira uma medida que proibiria a venda de carros que não comparecessem ao recall, mas voltou atrás na sexta-feira, segundo notiticou a Folha de São Paulo.
Alfredo Peres da Silva, diretor do Denatran, disse ao jornal que não encontrou respaldo legal para aprovar a medida, anunciada porque as convocações atuais dos proprietários, por mala direta e anúncios em jornais e TVs, são ineficientes.
“Vamos desenvolver um sistema para incluir no cadastro do veículo o não comparecimento ao recall. Mas não podemos proibir a venda dos carros que não comparecerem. Para isso, precisaria alterar o Código Brasileiro de Trânsito”, diz Silva.
O que o Diretor do Denatran não esclareceu ao jornal Folha de São Paulo é por que anunciou uma medida que não teria respaldo legal para ser aplicada? Pela função que ocupa Alfredo Peres não pode alegar desconhecimento de que qualquer medida do gênero precisa ter respaldo legal.
Não é a primeira vez que o Denatran promete medidas sérias sobre recall e não toma. Há dois anos, em outra audiência pública na Câmara, Peres, através da sua representante na reunião, também alardeou medidas e acordos que não saíram do discurso. Como o assunto tomou conta da mídia, devido ao casos da FIAT no Brasil e Toyota no mundo, agora promete que veículos com recall por fazer poderão ser identificados por novo sistema que promete será lançado em três meses.