A BR-232, que liga o Recife a várias cidades do interior de Pernambuco, foi novamente tema de polêmica. Os deputados José Queiroz (PDT) e Terezinha Nunes (PSDB) avaliaram a situação da estrada, duplicada no governo Jarbas. O pedetista ressaltou que nunca foi contrário à duplicação, mas, no período das obras, alertou sobre possíveis erros que poderiam ser cometidos pelas empreiteiras, principalmente no trecho que vai de Vitória a Gravatá. Terezinha cobrou a manutenção da rodovia, que “não vem sendo realizada pela atual gestão”.

“A durabilidade da obra foi estimada em 30 anos, mas, em pouco tempo, está comprometida. O contrato de conservação da estrada nada tem a ver com a manutenção da rodovia”, explicou Queiroz, acrescentando que “o documento foi feito para garantir apenas a manutenção das calhas por onde passam as águas e a capinação do mato que cresce, evitando a penetração da água no piso”. O pedetista frisou, ainda, que as declarações que fez sobre “superfaturamento” da duplicação eram fundamentadas em relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e solicitou à Mesa Diretora da Alepe uma audiência pública para tratar o assunto.

“Várias vezes a deputada Miriam Lacerda (DEM) veio à tribuna pedir ao governo do Estado a manutenção da BR-232, mas não adiantou. Os prefeitos da região estiveram com o secretário estadual de Transportes, Sebastião Oliveira Júnior, para tratar o mesmo tema e a resposta foi que está sendo feita a licitação para contratar a empresa que cuidará da manutenção da rodovia”, lamentou Terezinha. “O Fundo Rodoviário, que foi criado na administração passada e que tem previsto para este ano R$ 50 milhões, foi aprovado. Cadê o dinheiro? Onde estão os mais de R$ 1 bilhão que o governo tem em caixa?”, questionou a tucana.