Depois de meses de interdição, foi liberada ontem às 18h30 a rodovia Conde Francisco Matarazzo (SP-253), que liga Santa Rosa de Viterbo a São Simão.
Os primeiros veículos a utilizarem a via foram três ônibus de estudantes de Santa Rosa. Os ocupantes gritaram frases de apoio aos operários, que finalizavam os serviços.
A estrada estava fechada desde o dia 21 de janeiro por causa de um buraco na altura do Km 110.
Com as chuvas, o córrego Águas Claras encheu acima da capacidade de vazão da tubulação que passa sob a estrada.
Reparo
Dias depois do surgimento do buraco, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) fez reparo de emergência, mas o asfalto cedeu novamente e a estrada foi fechada em 21 de janeiro.
A obra começou no dia 26 de janeiro e, quando concluída, terá consumido R$ 379 mil.
Mesmo com a liberação, ainda faltará reconstruir os acostamentos e finalizar a nova galeria por onde escoarão as águas do córrego responsáveis pela erosão que levou parte da pista.
Atraso
O Departamento de Estradas de Rodagem havia previsto para a última segunda-feira, dia 12, a liberação da rodovia. Mas o trabalho não foi finalizado a tempo.
Os prejuízos com a interdição do trecho da rodovia afetaram moradores de Santa Rosa e, também, quem precisava chegar à cidade e não sabia do problema.
Foi o caso, por exemplo, de Célia Stevens. Ela mora nos EUA e na última segunda-feira tentava chegar a Santa Rosa, onde mora sua irmã Conceição.
Célia quis fazer surpresa e resolveu aparecer sem avisar. O problema é que nem o taxista que a levou sabia do bloqueio na Conde Francisco Matarazzo. O táxi foi até o Km 110, de onde não pôde seguir.
Depois do bloqueio
A surpresa teve de ficar para depois. Célia pediu para a irmã pegá-la do lado de lá do bloqueio. E o taxista José Tomé de Oliveira atravessou pelas obras com as malas de Célia na cabeça.
A seis quilômetros dali, ainda em São Simão, os donos do posto Terra Santa amargam a interdição da pista.
Vendiam seis mil litros de combustível por mês. Vieram as chuvas, o bloqueio aos carros. Passaram a vender apenas 900 litros mensais. Esse prejuízo, no entanto, eles esperam reverter já a partir de hoje, quando o fluxo de veículos volta a ser normalizado.