CAMPANHA DE SEGURANÇA: Programa “DER Pela Vida” é focado na melhoria da sinalização e implantação de dispositivos de segurança viária em diversas pontos da malha mineira. Ação irá abranger a todas estradas estaduais e tem como objetivo reduzir os acidentes nas estradas. Foto: Bernadete Amado

Programa do Governo de Minas Gerais é focado na melhoria da sinalização e implantação de dispositivos de segurança viária em diversas pontos da malha mineira

Prevenir e reduzir o número de acidentes (sinistros) e mortes nas estradas estaduais de Minas Gerais. Esse é o objetivo do Governo de Minas Gerais ao lançar, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), o programa “DER Pela Vida”, focado na melhoria da sinalização e implantação de dispositivos de segurança viária em diversas pontos da malha mineira.

Segundo o DER, a ação irá abranger a todas estradas estaduais e servirá também para alertar os usuários que utilizam as rodovias estaduais nessa época do ano, na qual aproxima-se o período chuvoso.

De acordo com a programação, a primeira atividade do “DER Pela Vida” é a publicação do edital nº 85/2023, que prevê intervenções nas rodovias MG-010, LMG-800 e MG-424; importantes acessos ao Vetor Norte da capital e ao Aeroporto Internacional, em Confins (MG).

O investimento é de cerca de R$ 12 milhões e as melhorias serão realizadas na MG-010, no trecho de 18 quilômetros, entre a estação Vilarinho e o entroncamento para Lagoa Santa (MG); na LMG-800, próximo ao trevo de Lagoa Santa (MG); nas vias marginais da MG-010 e na MG-424, em um segmento de cerca de 20 quilômetros.

A abertura de envelopes com propostas de preços será no dia 17 de outubro, na sede do DER-MG, em Belo Horizonte (MG), às 9 horas. A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda em 2023. Os trechos vão receber sinalização horizontal e vertical, telas antiofuscantes, defensas metálicas, entre outras intervenções.  

A rodovia MG-010 recebe, em média, de 25 mil a 45 mil veículos por dia, dependendo do trecho. A via é o principal acesso a Lagoa Santa (MG), ao Parque Nacional da Serra do Cipó e outros destinos turísticos. 

Programa

O “DER Pela Vida” tem o objetivo de reduzir o número de sinistros rodovias estaduais mineiras, por meio de ferramentas e ações de engenharia padronizadas por normativas técnicas, que proporcionam mais segurança aos usuários da via.   

A necessidade de desenvolvimento do programa “DER Pela Vida” foi baseada em aspectos econômicos e sociais. Com a pandemia e a desaceleração da economia o número de sinistros rodoviários, entre 2019 e 2022, foi reduzido em cerca de 31% em Minas, segundo levantamentos da Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Com reaquecimento econômico e a maior circulação de bens e pessoas pelas vias, o programa contribuirá para evitar que o número de acidentes volte a crescer. 

O programa é alicerçado em três pontos fundamentais: controle de velocidade eletrônica, intervenções em pontos críticos nas rodovias sob jurisdição do DER e educação para o trânsito. 

Cerca de 200 projetos de intervenções em rodovias já estão prontos. Os trechos, conforme estudos técnicos, apontaram os pontos com riscos e/ou histórico de recorrência de acidentes.  

O cronograma de trabalho prevê a execução de 70 intervenções de segurança viária, implantações de dispositivos de controle eletrônico de velocidade e ações de educação para o trânsito em 2024, com o aporte de recursos da ordem de R$ 45 milhões. Em 2025, serão os outros 130 projetos. Paralelamente, o departamento vai elaborar mais 200 projetos para serem executados em 2026.  

A ação está alinhada à diretriz internacional das Nações Unidas (ONU) que definiu o período entre 2021 e 2030 como a “Década de Ação pela Segurança Viária”. A meta da ONU é reduzir em 50% o número de mortes e lesões causadas por acidentes de trânsito.  

A equação pode parecer mórbida, mas é real. Dados estatísticos apontam que cada acidente de trânsito custa, em média, R$ 260 mil à sociedade brasileira. Quando este envolve fatalidade, aumenta seu custo para R$ 664 mil. Como no país morrem, anualmente, cerca de 45 mil pessoas, o custo seria de R$ 50 bilhões, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com informações da Ascom do DER-MG