RIO – A guerra para regularizar o transporte alternativo no Rio tem custado caro ao presidente do Detro, Rogério Onofre Oliveira. Vivendo sob a proteção de seguranças armados 24 horas por dia e alterando constantemente seus deslocamentos para o trabalho – depois de seguidas ameaças de morte – ele agora partiu para outro confronto: combater a corrupção interna do Detro. Somente este mês, cinco funcionários foram afastados e passaram a ser investigados, acusados de receber propina. Mas, segundo cálculos do presidente do Detro, o problema pode ser maior: de 5% a 10% da fiscalização podem estar envolvidos em corrupção, como informa reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Globo.
O presidente do Detro explicou que o governador Sérgio Cabral precisou publicar no Diário Oficial um decreto-lei para viabilizar a Corregedoria Geral. O Detro também instituiu uma ouvidoria e tem recebido as denúncias da população sobre o envolvimento de funcionários em desvios de conduta.
As ameaças de morte que provocaram uma reviravolta na rotina do presidente do Detro transformaram também o dia-a-dia dos funcionários. Depois de iniciar operações de combate ao transporte irregular, fiscais passaram a ser agredidos e ameaçados de morte.