Brasília – O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) discutiu hoje (12), em audiência pública, o Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem.

Elaborado pelo Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran), o plano visa aparelhar o país com dispositivos eletrônicos de controle de cargas nas rodovias, a fim de coibir os excessos e garantir maior vida útil aos pavimentos.

Por meio do desenvolvimento de estudos e projetos no período de um ano, o Centran chegou à conclusão de que é necessário aumentar de 69 para 220 o número de balanças fixas e móveis em todo o país. Os novos postos vão ser instalados nos principais corredores de exportação do país, nas áreas de origem e destino das cargas, nas
rodovias troncos e rodovias de acesso ao Mercosul, no período de um ano.

Os novos postos terão sensores instalados no asfalto para verificação de velocidade, câmeras com leitores de OCR (captura automática de placas) e detectores de altura, que servirão ainda para conter e classificar os veículos.

Todas as informações capturadas vão formar um banco de dados do Dnit. Nos casos em que houver excesso de peso, será enviada uma multa on-line para a central do órgão e, posteriormente, para o motorista infrator. Caso os motoristas não façam a parada
obrigatória para pesagem dos veículos, câmeras instaladas na rodovia poderão enviar multas por evasão.

“A nossa idéia é que quanto mais eletrônico for, e aí se utilizando câmeras, sensores que podem identificar uma placa ligada a um cadastro de onde é veículo, tudo vai estar prontinho ali e a própria balança do peso. Então, provavelmente você vai ter um
operador só para verificar se a balança está operando certo”, explica o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadock.

De acordo com o Dnit, algumas estatísticas demonstram que pelo menos 77% dos caminhões transportam cargas com excesso de peso por eixo. Por conta disso, o pavimento que estradas, que deveria durar pelo menos dez anos, tem sua vida útil diminuída para três anos. Rodovias em mau estado de conservação podem encarecer em até 30% o custo do
transporte de cargas.