Pela sétima vez, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) adiou ontem a abertura das propostas relativas a cinco licitações, atrasando ainda mais a recuperação e a execução de obras de melhoria em trechos da BR-163, considerada a rodovia da morte em Mato Grosso do Sul.
Cinco certames, que somam R$ 98,2 milhões e incluem a BR-267, estão emperrados na sede do órgão em Brasília (DF). De acordo com a Coordenadoria de Cadastro e Licitações do DNIT, os sucessivos adiamentos acabaram causando defasagem nos valores em relação à tabela definida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O adiamento da abertura de propostas, prevista para ontem e hoje, respectivamente, para os dias 12 e 13 de setembro, tem o objetivo de adequar os valores. O órgão não justificou as causas dos constantes adiamentos.
Já o superintendente regional do órgão em Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda Soares, atribuiu a falta de recursos para empenho da obra. O departamento estaria adiando as licitações até conseguir a liberação dos recursos. Anormal Segundo o advogado da Associação Sul-mato-grossense dos Empreiteiros de Obras Públicas (Asmeop), Marcelo Kroetz, não é normal adiar uma licitação por tantas vezes. “Não é o correto”, afirmou, considerando que a existência de alguma irregularidade nos certames está atrasando a abertura das propostas, prevista, inicialmente, para maio deste ano.
Os editais 126 e 127/06, no valor de R$ 53,4 milhões, para recuperar a BR-163, entre Vila Vargas, em Dourados.