O DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) está reativando as lombadas eletrônicas na BR-163 que cortam o município de Dourados. Segundo o chefe do órgão no município, engenheiro-civil Carlos Roberto Milhorim, a lombada instalada há alguns anos no trecho foi danificado por um bi-trem.

O equipamento eletrônico de alta tecnologia necessitava de uma peça importada para voltar a funcionar. Durante os últimos dois meses em que ficou desativada, as comunidades de dez bairros circunvizinhos à estrada e que concentram mais de 15 mil moradores promoveram protestos e fecharam a BR.

O DNIT construiu quebra-molas provisórios que estão sendo retirados com a ajuda de um maquinário de ponta para não danificar a pavimentação asfáltica. O engenheiro explica que uma lei impede lombadas e quebra-molas no mesmo trecho, por isso é necessária a completa remoção dos obstáculos horizontais.

“Assim que forem totalmente removidos e as lombadas aferidas, o sistema volta a funcionar”, diz Milhorim. Ele acredita que a partir da próxima segunda-feira já começa a valer as multas para quem trafegar em velocidade acima de 40 quilômetros por hora.

O trecho é bastante movimentado porque é acesso à capital e também à fronteira. De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do Parque das Nações II, o comerciário Demétrio Siqueira Cavalcante, nos horários de pico, por volta das 11h e depois das 16h, é grande o fluxo de ciclistas e pedestres.

Trata-se de trabalhadores e estudantes do Ensino Médio que são obrigados a atravessar a pista para chegar ao trabalho ou à escola Tancredo Neves, já que no Parque II a escola atende até o Ensino Fundamental. Na mesma rodovia, que muda de nome a partir do Trevo da Bandeira e passa a chamar BR-463 (de acesso à fronteira), um outro núcleo de bairros sofre com o intenso fluxo de veículos.

As lombadas que haviam no trecho e acabaram sendo desativadas há dois anos por conta de problemas relacionados à uma licitação, foram agora arrancadas. O presidente da Associação dos Moradores no Campina Verde, José Vaz Batista Bueno, diz que a comunidade já está se preparando para um novo manifesto.