A BR-101 é um grande canteiro de obras. A duplicação da rodovia chama atenção de quem trafega no local e observa a construção de pistas, pontes e viadutos ao longo do caminho. No Rio Grande do Norte, a obra percorre 81,4 km, sendo dividida em duas etapas. O Lote 1 equivale a 46,2 km, partindo do Viaduto de Ponta Negra até o acesso à Arez, sendo de responsabilidade do Exército do Brasil. Já o Lote 2, com 35,2 km, dá continuidade à obra partindo de Arez até chegar à divisa com a Paraíba, administrado por um consórcio formado por três empresas (Constran, Galvão e Construcap).
De acordo com o Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit/RN), 50% das obras referentes ao Lote 1 já estão executadas, o que envolve as etapas de terraplanagem, aplicação do CCR (Concreto Compactado com Rolo) e concreto convencional, além das muretas de proteção e drenagem da pista. Atualmente, 51% da nova pista já está concluída, o equivalente a 36 km. Já no Lote 2, a prioridade até então eram as chamadas obras de arte, que são pontes e viadutos construídos ou restaurados para facilitar o tráfego na rodovia. Serviços realizados antecipadamente por causa do período chuvoso que se estendeu até início deste mês. Com a estiagem é possível encontrar máquinas na pista e operários trabalhando na BR-101/RN e, assim, o serviço flui satisfatoriamente. Cerca de 32% das obras nesse lote já estão concluídas e a meta, a partir de agora, é trabalhar nas áreas onde as licenças ambientais foram liberadas a pouco tempo. O Lote 2 foi o mais prejudicado inicialmente por causa da dificuldade em conseguir essas licenças, levando a um atraso de quase oito meses até que todas as autorizações fossem conseguidas.
Percorrendo a BR-101/RN de Natal até a divisa com a Paraíba, a reportagem de O Poti acompanhou o trabalho realizado no estado e constatou os percalços que os motoristas enfrentam ao longo da estrada. Viadutos em construção, pontes sendo duplicadas, longas vias de concreto prontas ao longo do caminho, mas também asfalto danificado em vários trechos, áreas sem sinalização e pista de mão única, administrada pelos operários para evitar acidentes.
Até meados do próximo ano, quando a etapa potiguar do projeto deve ser finalizada, paciência e cautela são as palavras chaves para quem trafega na BR-101/RN. Enaquanto isso, o Governo Federal e o Dnit trabalham para adiantar a obra e resolver questões que possam interferir no andamento do projeto, que tem data limite de maio de 1010 para ser finalizado completamente.