O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) pretende lançar este ano o projeto de duplicação da BR-135 no trecho entre São Luís e Miranda do Norte. A licitação da obra está prevista para 2008. O objetivo da duplicação é melhorar o acesso rodoviário à capital maranhense.

O custo do projeto só vai ser definido depois de concluído o estudo, segundo o superintendente regional do Dnit no Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes. É uma obra complexa que, em alguns trechos, vai precisar de licença ambiental.

“Esta é a única entrada e saída da Ilha de São Luís. Com o aumento das exportações pelo porto do Itaqui e o crescimento do turismo, o tráfego de veículos vem aumentando e já ocorrem congestionamentos”, conta Fernandes, ao relacionar as justificativas para a obra.

A BR-135 já tem seu trecho duplicado dentro de São Luís, até as pontes sobre o Estrito dos Mosquitos, na saída da ilha. Depois das pontes, dentro do continente, há um afunilamento para a passagem dos carros. É a partir das pontes (das quais uma só foi concluída no início do segundo semestre), até o quilômetro 125 em Miranda, que o Dnit planeja realizar a duplicação.

Em 2006, o órgão investiu cerca de 120 milhões em obras de restauração e manutenção das rodovias federais que cortam o Maranhão. As principais intervenções foram feitas nas rodovias BR-316 (trecho de 320 quilômetros); BR-010 (trecho de 251 quilômetros entre Itinga e Estreito, no sul do estado); e no acesso ao porto do Itaqui, dentro da Ilha de São Luís (trecho de 18 quilômetros).

Restaurações na BR-222 (trecho de 300 quilômetros entre Santa Inês e Açailândia) e na BR-230 (trecho de 230 quilômetros entre Estreito e Balsas, também no sul do estado) são obras importantes previstas pelo Dnit para os próximos anos. “Estas obras estão orçadas em R$ 400 milhões, dos quais R$ 100 milhões deverão ser investidos durante este ano”, informa Fernandes.
No final do passado, o diretor geral do Dnit. Mauro Barbosa da Silva, acompanhado do superintendente regional do órgão, percorreu trechos em obras das BRs 135, 316, 222 e 010, nos estados do Maranhão e Pará. O objetivo da visita foi vistoriar as obras que estão sendo realizadas.

A BR-316, considerada uma das piores do País, já está em condições de tráfego, de acordo com o superintendente do Maranhão. Há três meses, o trecho da rodovia no estado (320 quilômetros de extensão da divisa com o Pará até o povoado Zé Chicão) estava praticamente intrafegável, conforme admite Fernandes.

Dos 320 quilômetros de extensão da BR-316, foram restaurados 40 quilômetros. O restante da estrada ganhou melhores condições de tráfego com serviços de reperfilamento e de tapa-buracos, de acordo com Fernandes. A restauração completa só deverá ser concluída no próximo ano. A obra está orçada em R$ 93 milhões.