A concessionária Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, estuda proibir o tráfego de caminhões em direção à cidade de São Paulo pela Rodovia dos Imigrantes em dias com muita neblina. A medida é estudada após o acidente que envolveu cerca de 270 veículos na rodovia, deixando uma pessoa morta e 51 feridas, ocorrido no dia 15 de setembro.

Todos os dias, 5,3 mil caminhões sobem a serra pela Imigrantes – nos feriados e dias de movimento intenso, a Ecovias costuma desviar para Anchieta. Nos dias 21, 22 e 23 deste mês, pela primeira vez, os caminhões foram impedidos de subir pela Imigrantes devido à forte neblina.

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A medida foi feita em caráter experimental para evitar que veículos de passeio e de carga circulem juntos. Estudos ainda serão feitos para definir se a baixa visibilidade pode servir de critério para proibir o acesso aos caminhões. Os caminhoneiros reclamam que subir pela Via Anchieta demora o dobro do tempo e que a estrada não está preparada para receber tantos caminhões.

Audiências
O maior engavetamento da história da Rodovia dos Imigrantes vai ser o assunto de três reuniões da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa. A primeira ocorre nesta terça-feira (27). Os deputados vão ouvir representantes da Ecovias para esclarecer as causas do acidente e apontar responsáveis.

A comissão também vai questionar sobre o trabalho de socorro às vítimas e a demora para a liberação da rodovia. Na quarta-feira (28), será a vez do comandante da polícia rodoviária, coronel Jean Charles, falar na comissão. Na próxima semana os deputados vão ouvir representantes da agência que regula os transportes no estado.

Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 85% no número de acidentes em dias de neblina intensa no sistema.