O turista que pretende passar o Natal ou o Ano Novo na Baixada Santista ou nas praias do litoral sul do Estado vai continuar enfrentando congestionamentos nas estradas. Essa previsão é da própria Ecovias -concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes.
A concessionária não estima o tempo de viagem em direção à Baixada Santista, mas o gerente de operações Mauro Szwarcgun admite que os congestionamentos vão acontecer. “Nos horários de pico, vamos trabalhar com capacidade acima do limite crítico das rodovias, que é de 8.000 carros/hora. Isso poderá causar alguns transtornos aos motoristas.”
O esquema especial para o final de ano e as férias de janeiro, batizado de Operação Verão, começa amanhã, com as mudanças para o Natal. A previsão da concessionária é que desçam em direção às praias da Baixada Santista de 280 mil a 410 mil veículos até o dia 24.
Na semana do Ano Novo, o volume deve aumentar. A concessionária estima que, de 27 de dezembro a 1º de janeiro, o número de veículos oscile de 480 mil a 620 mil. A previsão para os finais de semana de janeiro é de 130 mil a 210 mil veículos.
A estimativa é calculada com base no movimento dos anos anteriores. No ano passado, na semana do Natal, 241.511 veículos passaram pelo sistema. Na do Ano Novo, foram 557.635.
Para tentar evitar congestionamentos, a Ecovias manterá operações com inversões de sentido nas duas pistas da Anchieta e na pista da Imigrantes, como a operação descida 4 x 3 (quatro faixas descem e três sobem a serra) e, nos dias mais críticos, o sistema 2 x 5.
Ontem, começou a funcionar no quilômetro 42,7 da via Anchieta -o campeão de acidentes da estrada-, uma rampa de escape, cujo objetivo é aumentar a segurança no local e evitar acidentes com caminhões.
A média anual de ocorrências envolvendo caminhões é de 160 por ano na Anchieta. Até agora, nesse quilômetro foram registrados 55 acidentes. Alguns deles, com vítimas fatais.
O projeto da rampa de cinco metros de largura e 83 metros de extensão foi feito com base em pesquisas feitas na França, na Alemanha e nos EUA. A rampa funciona como um “grande freio”. Ela pode chegar a frear um caminhão de mais de 40 toneladas que esteja a 80 km/h. Pequenas pedras de cinasita, conhecida também como argila expandida, são responsáveis por parar o veículo.
O projeto custou R$ 341 mil à Ecovias, que já estuda implantar a técnica em outros pontos críticos das rodovias que administra.
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