A empresa londrinense Conasa Infraestrutura S.A. lidera o Consórcio Via Brasil, vencedor da concessão para administrar dois lotes de estradas no Mato Grosso. A concessão de 300,1 km será por 30 anos e faz parte da primeira etapa do Programa Pró-Estradas Concessões, voltado à melhoria da logística de transportes do Governo de Mato Grosso.

O direito de outorga foi arrematado por R$ 16 milhões. As rodovias devem receber investimentos de R$ 351 milhões (lote 1) e R$ 515 milhões (lote 2). O consórcio é formado pela Conasa e as empresas CLD – Construtora Laços Detetores e Eletrônico (São Bernardo do Campo – SP), Zetta Infraestrutura e Participações (São Paulo – SP), Construtora Rocha Cavalcante (Campina Grande – PB), Fremix Pavimentação e Construção (Barueri – SP) e FBS Construção Civil e Pavimentação (São Paulo – SP).

São todas empresas de médio porte. “Para ganharmos a licitação fomos agregando a experiência de cada uma. Algumas empresas já tínhamos parceria na área de saneamento e outras que trouxemos pelo conhecimento em infraestrutura”, comentou Márcio Vieira Marcondes Neto, CEO da Conasa Infraestrutura.

O contrato prevê a conservação, recuperação e manutenção de dois lotes de estradas estaduais. No lote 1 serão 111,9 km da rodovia MT-100, em Alto Araguaia, e no lote 2, 188,2 km da rodovia MT-320/MT-208, em Alta Floresta.
O governo estadual fixou a tarifa em R$ 7,99 e a concorrência foi pelo pagamento da maior taxa de outorga ao Estado. “Dentro daquilo que eles estão exigindo de investimento a tarifa é adequada. É um negócio atraente. Pode ser que não sejam tão atraente para grandes empresa, mas para as médias é altamente atraente”, afirmou o CEO.

Os trechos concessionados terão cinco praças de pedágio: duas no lote 1, e três no lote 2. Inicialmente, o consórcio fará obras de recuperação das estradas e sinalização. A cobrança de pedágio deve começar a partir do 13º mês de administração. Estão previstas melhorias nas marginais nas áreas urbanas, construção de contornos viários e terceiras pistas.

Segundo Marcondes Neto, o volume de tráfego das rodovias não justificam obras de duplicação. “O volume existente não justifica um investimento tão alto”, disse. As duas MTs são vias de ligação com importantes troncos rodoviários de escoamento da safra.

CONASA 

A empresa pé vermelho nasceu como uma holding de saneamento, depois entrou no setor de iluminação e, a partir do final de 2015, se transformou em uma holding de infraestrutura. “Vimos uma grande oportunidade com tudo isso que está acontecendo no País (referindo-se o envolvimento de grandes corporações em investigações da Polícia Federal), de entrar neste mercado. Esta licitação foi a primeira que tivermos condições de participar”, afirmou o CEO.

O saneamento é responsável por 60% do faturamento de R$ 210 milhões em 2017 da Conasa e o restante é em projetos na área de iluminação. A empresa não espera crescimento expressivo em 2018, mas começa o ano com novos projetos. Em fevereiro, a Conasa e a NEC, empresa japonesa instalada em Londrina no ano passado, assinaram um Memorando de Entendimento para elaboração de projetos de cidades inteligentes.

Fonte: Folha de Londrina