Acesso obrigatório para caminhões que chegam à Cidade por meio da Mogi-Dutra (SP-88), a Estrada do Pavan, ligação entre a Rodovia e a Avenida Perimetral, na Volta Fria, está em péssimas condições. Apesar de possuir apenas 1,3 quilômetro, a rota apresenta buracos, ondulações, falta de acostamento, sinalização de solo desgastada e, em alguns trechos, inexistentes.
Segundo a Prefeitura, responsável pela ligação, o projeto de duplicação da referida estrada existe e, para ser efetivado, depende da abertura de licitação por parte do Governo do Estado. “Quanto à manutenção da pista, a Prefeitura realiza operações de tapa-buracos e reforço da sinalização”, disse o prefeito Junji Abe.
Havia a intenção de estabelecer uma parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ligado à Secretaria de Estado dos Transportes, para duplicar a Estrada do Pavan. Para viabilizar a obra, o órgão estadual chegou a custear a elaboração de um projeto executivo. A Administração Municipal aceitou desapropriar as áreas necessárias, mas a intervenção, até o momento, não saiu do papel. O Diário questionou o DER ontem, que não respondeu às perguntas enviadas.
Logo no início da rota, na entrada que parte da Mogi-Dutra, há uma seqüência de buracos sobre o pavimento. Em toda a extensão da ligação o acostamento estava encoberto pelo matagal.
A sinalização de solo para separar as duas faixas de rolamento estava desgastada em toda Estrada. Perto dos dutos da Petrobrás, à esquerda no sentido Perimetral, a sinalização do pavimento sequer existia. Também na margem esquerda, uma placa de trânsito fora removida da haste.
O alto fluxo de veículos no local era intenso por volta das 11 horas. Entre as 11h15 e 11h20, O Diário constatou que 20 automóveis de passeio cruzaram as pistas. No mesmo espaço de tempo, também utilizaram a Estrada do Pavan 16 caminhões.
Segundo previa o projeto executivo das obras, seriam construídas duas pistas de sentidos opostos, com sete metros de largura cada uma, totalizando quatro faixas de rolamento, duas para cada uma das direções de tráfego. O estudo também incluía a necessidade em trocar o pavimento e regularizar o acostamento, além da construção de novos acessos nas extremidades da estrada (na rodovia Mogi-Dutra e na rotatória da Volta Fria). Com a conclusão do projeto executivo, seria possível orçar a intervenção.
Com a duplicação da Estrada do Pavan, seria possível adotar a mão dupla na via, o que permitiria um retorno mais próximo para Rodovia Mogi-Dutra do que o atual, que hoje é na rotatória do Aruã.
Outra vantagem é que os veículos que vêm do litoral poderiam sair da Perimetral e entrar na Mogi-Dutra sem passar por dentro da Cidade.
Jardim Aracy
Além da duplicação da Estrada do Pavan, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ligado ao Governo do Estado, também tem pendente para a Mogi-Dutra (SP-88) a construção de um acesso subterrâneo na altura do Jardim Aracy, que deveria ter sido entregue em janeiro de 2005. No dia 14 de maio deste ano, no entanto, o superintendente do órgão estadual, Delson José Amador, disse que a construção do acesso terá início apenas em janeiro do ano que vem.
Segundo o profissional, o projeto executivo, elaborado pela Prefeitura, teve de ser refeito porque, entre outros motivos, tinha um orçamento “muito alto”. O projeto do Município previa um gasto de R$ 1 milhão para implantar o acesso. O DER está realizando outro estudo, que deverá ficar pronto ainda neste semestre. Como será preciso convênio com o Município, a legislação eleitoral impedirá o início dos trabalhos neste ano.
“Por causa de problemas judiciais envolvendo desapropriações, não foi possível fazer o acesso durante a duplicação. O contrato ficou mais de dois anos paralisado. Quando a área foi liberada, o contrato tinha se exaurido. Tivemos acesso ao projeto do Município. Não entendam isso como uma crítica, mas ele (o projeto) não é passível de ser utilizado. Tem limitações técnicas e o valor era maior que o necessário. Estamos fazendo um novo, regularizando até o raio das curvas”, disse o profissional a O Diário na data.