Os caminhoneiros e carreteiros que trafegam pela rodovia estadual de acesso ao porto de Sergipe estão protestando contra as péssimas condições da estrada, totalmente tomada pelos buracos. Por causa dos riscos, alguns carreteiros estão optando em trafegar pela rodovia que corta a Barra dos Coqueiros, porém, também é estreita e com o asfalto inadequado para o fluxo de carros pesados. Por causa dos buracos, os caminhoneiros precisam trafegar em zig-zag. A estrada é o principal corredor para embarque e desembarque no porto de Santo Amaro. A estrada está entre as listadas pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER) que precisam de recuperação.
São mais de 20 quilômetros com buracos e com o mato tomando o acostamento. Onde ainda há como avançar nas laterais da pista, os motoristas improvisam desvios arriscados. As viagens geralmente sofrem atrasos por causa da baixa velocidade, sem contar com os riscos de assalto. O caminhoneiro Geraldo Santos relata que na semana passada quase se envolveu em um acidente, porque cruzou com outro caminhão e faltou espaço para ambos desviarem de buracos. “Por sorte passamos rente um ao outro, mas não houve o choque, mas aqui ainda vai ocorrer uma tragédia”, alertou.
Perigo também para os motoristas que trafegam pela rodovia estadual de acesso à cidade de Pacatuba, que tem mais de 18 quilômetros tomados pelos buracos e abismo e com as poucas placas de sinalização encobertas pelo mato. Como é grande o fluxo de caminhões pela estrada transportando cimento e grãos, as operações tapa-buraco não estão surtindo efeito. São vários trechos cheios de remendos e muitos buracos. O risco aumenta, porque os motoristas são obrigados a dirigir fazendo zig-zag e pelo pequeno acostamento.
A situação é ainda mais complicada para os caminhoneiros A viagem de apenas 20 minutos acaba demorando mais de uma hora. “Da próxima vez vou me recusar a fazer essa viagem. Não tem caminhão que agüente”, reclamou José Antonio dos Santos. O colega Aderaldo Oliveira diz que já danificou molas e pneus, mas é obrigado a fazer o trajeto pelo menos duas vezes por semana. A estrada também é obrigatória para quem deseja seguir até a cidade de Brejo Grande.