Uma família de Duartina (47 quilômetros de Bauru) vive a angústia da espera pela liberação do corpo de Luiz Fernandes de Ângelo, 25 anos, morto no dia 1°. Ele dirigia um Golf numa rodovia do Paraná quando o carro bateu de frente contra um ônibus. Sete pessoas morreram, inclusive Luiz. Apenas duas haviam sido identificadas e enterradas até ontem.

Os dois veículos pegaram fogo e as vítimas foram carbonizadas. Apesar de quase certo que o corpo de Luiz é um dos que estão no IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel (PR), a liberação do cadáver só será possível depois da identificação oficial, que depende de um exame de DNA. Uma irmã de Luiz esteve no IML para o reconhecimento, mas o choque emocional e o estado do corpo deixaram dúvidas.

Fragmentos de ossos coletados devem ser entregues hoje ao IML central de Curitiba, onde o procedimento será feito. O resultado deve demorar entre 20 e 30 dias. José Roberto de Ângelo, tio de Luiz, resume o sentimento dos parentes com a palavra “difícil”. “Não tem outra saída. A posição da família neste momento é aceitar a situação e esperar”, afirma.

Investigação
A Polícia Civil ainda investiga, em Cascavel, para onde Luiz ia naquele dia e porque o carro dele invadiu a pista contrária, o que causou a colisão frontal – a informação foi confirmada ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Cascavel (leia mais sobre o acidente abaixo).

Pessoas próximas a Luiz serão ouvidas para a polícia saber onde ele esteve horas antes de pegar a estrada. Testemunhas teriam dito que as luzes do Golf estavam apagadas – o acidente ocorreu às 6h03, disse a PRF. A polícia aguarda a apuração do Instituto de Criminalística, que analisou a cena.

As duas vítimas já sepultadas são Josiane Carvalho Hinz, passageira do ônibus, e Nelson Rudnick, um dos motoristas do coletivo.