Família de uma das pessoas que morreram em acidente ocorrido na BR-262, no dia 18 de setembro de 2010, confirma a conclusão do laudo da perícia da Polícia Civil feita no local da ocorrência e a indicação de problemas na sinalização que teriam provocado a tragédia.

Luciano Amaral Borges, filho da vítima Beatriz Amaral Borges, lembra que a família já protocolou representação no Ministério Público Federal para apurar responsabilidade criminal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O acidente aconteceu na noite daquele dia, quando um Santana foi atingido por um Corsa, conduzido por Jorge André dos Santos, 51 anos, que trafegava no sentido oposto e invadiu a contramão de direção. Além de Jorge, morreu no local a passageira do Santana, Beatriz Amaral Borges, 63 anos, mãe de Luciano Amaral.

Segundo Luciano, documentação apresentada ao Ministério Público Federal poucos dias após a colisão e composta por fotos e um vídeo feitos no local apontava problemas na sinalização naquela região. As fotografias foram tiradas por ele no dia 20 de setembro do ano passado e o vídeo foi gravado em CD no dia 23 do mesmo mês. “O vídeo mostrava que a placa que sinalizava final de pista dupla já não estava mais no local naquela data, mas a faixa branca contínua, ainda presente, seguia confundindo os motoristas e os induzindo em direção à outra pista”, explica.

O cunhado da vítima, Wanderley Borges de Melo, também já afirmou que, no momento do acidente, o trecho recém-duplicado não contava com sinalização visível para os motoristas.

Enquanto isso, o engenheiro-chefe do Dnit Uberaba, Elias João Barbosa, reafirmou que o local onde ocorreu o acidente já estava sinalizado com faixas e obstáculos para evitar que os motoristas passassem para a contramão.