Em sua segunda visita à região do Vale do Rio Pardo desde que assumiu no Palácio do Piratini, a governadora Yeda Crusius lança hoje no interior de Encruzilhada do Sul o edital de licitação para a construção da variante ambiental, composta por um viaduto e uma ponte sobre o Arroio Abranjo, entre a localidade de Boa Esperança e o Rio Camaquã, na RST-471. O ato acontecerá às 10 horas junto ao local onde serão executados os serviços e contará com a presença do secretário de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, do diretor-geral do Daer, Gilberto Cunha, prefeitos e outros líderes ligados ao Vale do Rio Pardo e de municípios da Região Sul.
O término das obras na chamada variante ambiental na região conhecida como Serra dos Rosas, em Encruzilhada do Sul, completará o novo corredor entre as regiões do Vale do Rio Pardo e Central do Estado com a Zona Sul e o Porto de Rio Grande. A ponte e o viaduto que vão ligar os dois trechos já asfaltados da RST–471 – distantes cerca de 700 metros um do outro –, fazem parte das obras recomendadas pelos órgãos ambientais para proteger a mata e garantir a passagem dos animais silvestres da região.
A solenidade acontecerá na parte norte do trecho da rodovia entre Boa Esperança e a ponte sobre o Rio Camaquã, no quilômetro 38. A obra envolverá um custo de aproximadamente R$ 12 milhões e reduzirá em 110 quilômetros a distância entre Santa Cruz do Sul e o porto de Rio Grande. O edital de licitação será publicado pela Central de Licitações (Celic) na edição de amanhã do Diário Oficial do Estado. Segundo o diretor-geral do Daer, Gilberto Cunha, a licitação é o primeiro passo para a conclusão do eixo rodoviário que liga todo o Vale do Rio Pardo ao Sul do Estado, especialmente ao porto do Rio Grande, contribuindo, sobretudo, para o aumento da competitividade da produção do Estado pela redução dos custos com o transporte.
O custo da construção do trecho entre a localidade de Boa Esperança e o Rio Camaquã, conforme dados do governo do Estado, tem valor orçado em R$ 43,1 milhões, dos quais R$ 37,2 milhões estão investidos. O trabalho de terraplenagem e de obras de arte correntes (bueiros e galerias pluviais) chega a 100% finalizado. No total, foram executados 81% do lote de 25,3 quilômetros, com 22,69 quilômetros (90%) de revestimento asfáltico concluído. Os trabalhos começaram no período do governo de Olívio Dutra.
SAIBA MAIS
Depois que as obras na chamada variante ambiental da RST–471 estiverem em condições de uso, a viagem de Santa Cruz a Rio Grande ficará 110 quilômetros menor, o que representa um ganho de, no mínimo, uma hora. O motorista poderá sair da cidade pela BR–471, passando por Rio Pardo, Pantano Grande e Encruzilhada, até chegar à BR–392. O trajeto depois passa por Ganguçu, chega a Pelotas e dali vai a Rio Grande. Nesse percurso serão três pedágios na ida e mais três na volta.
Atualmente, a principal alternativa para quem sai de Santa Cruz em direção ao porto de Rio Grande – o que é o caso das dezenas de caminhões que diariamente transportam os contêineres com fumo para exportação – é o deslocamento via Passo do Sobrado, Vale Verde e General Câmara, saindo na BR–290. De lá pega a BR–116, em Eldorado do Sul, seguindo até Pelotas. Por esse caminho, além do tráfego intenso, são cinco pedágios e cerca de 450 quilômetros até Rio Grande.