Primeiras conversas para ampliar rodovias já foram realizadas

A solução para o impasse entre o governo gaúcho e as concessionárias de pedágios deve passar pela prorrogação do prazo de vigência dos contratos. Em contrapartida, as empresas terão de se comprometer com a duplicação das estradas que exploram.

– A moeda do governo é o prazo contratual – diz o secretário de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade.

A renegociação dos contratos será um dos programas estruturantes do governo Yeda Crusius. Nos últimos dois anos, as concessionárias tentaram renegociar os contratos, alegando defasagem nas tarifas. Até o Ministério Público entrou em campo para intermediar um acordo, mas o governador Germano Rigotto foi irredutível: não aceitou o aumento nem a prorrogação do prazo, como queriam as empresas.

Andrade acredita que o usuário não se importa de pagar o pedágio, desde que a estrada seja bem conservada e segura:

– Precisamos entrar em um novo ciclo, um ciclo de melhorias. Os pedágios evitaram o apagão rodoviário. Com a crise que o Estado enfrenta, sem as concessões hoje a malha rodoviária estaria intransitável.

No caso da BR-290, a partir de Eldorado do Sul, o secretário trabalha com a idéia da duplicação. Já na RS-040, que liga Porto Alegre a Cidreira, a avaliação preliminar é de que se pode ampliar a pista, nos moldes da Estrada do Mar.

Em entrevista hoje à Rádio Gaúcha, Andrade disse o tempo de prorrogação dos contratos, que vencem em 2013, ainda está sendo analisado. Ele afirmou que o projeto pode resolver “gargalos” de tráfego que trarão mais segurança e comodidade aos motoristas.