O governo federal leiloou ontem (21) 680 quilômetros das rodovias BR-116, BR-324, BA-526 e BA-528, todas no estado da Bahia. Três concessionárias, as brasileiras Engevix e Encalso e a espanhola Isolux Corsan, ofereceram o menor preço pelo pedágio nas estradas, R$ 2,212 (o teto era R$ 2,80).

Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, os investimentos privados de R$ 2,1 bilhões beneficiarão os cidadãos. “É uma tendência mundial que os estados confiram suas estradas para as iniciativas privadas administrarem. Os usuários só tendem a ganhar com uma rodovia melhor, com bons serviços. Queremos garantir excelentes padrões de atendimento nas rodovias através das concessões”, disse.

Os trechos da BR-116, entre Feira de Santana até a divisa da Bahia com Minas Gerais, da BR-324, entre Salvador e Feira de Santana, da BA-526, entre as BR-324 e da BA-528 entre a BA-526 e o acesso da base naval de Aratu começam a ser recuperados em 90 dias, quando o contrato entre o governo federal e as concessionárias for assinado.

“O pedágio só pode ser cobrado seis meses depois que os trechos leiloados estiverem em boa condições de trafegabilidade”, disse Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Em época de crise financeira e escassez de crédito, as concessionárias poderão contar com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para ajudar a financiar as obras. “O BNDES nos dará um apoio indispensável, que também tranquiliza e cria expectativas favoráveis para o investidor”, diz Passos.

Segundo o ministro, até junho serão leiloados mais 2.066 quilômetros das rodovias BR-381, nos trechos entre Belo Horizonte e Governador Valadares, em Minas Gerais, a BR-040, no trecho que liga Juiz de Fora à Brasília, e a BR-116, na divisa entre os estados da Bahia e Minas Gerais.

A meta para novembro é leiloar 1.608 quilômetros, 458 quilômetros na BR-101, no Espírito Santo, 790 quilômetros da BR-101, na Bahia, e 359 quilômetros da BR-470, em Santa Catarina.