Segundo dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), até 15 de Maio do corrente ano o país registou “267 vítimas mortais, das quais 23 no distrito de Setúbal”, revelou a Governadora Civil de Setúbal durante o Fórum Distrital de Segurança Rodoviária, realizado no Seixal.
De acordo com Eurídice Pereira, durante o mesmo período, registaram-se, ainda, 864 feridos graves, 51 dos quais no distrito, valores que representam menos seis vítimas mortais e trinta e dois feridos graves, em relação ao período homólogo do ano passado.
Mas, apesar de Portugal ter obtido resultados acima dos objectivos definidos no Plano Nacional de Prevenção Rodoviária e de ter registado um decréscimo significativo no impacto mais dramático da sinistralidade rodoviária, “o Governo pretende, até 2015, situar-se entre os 10 Estados-Membros da União Europeia com as taxas de sinistralidade mais baixas”, salvando 2700 vidas, explicou Eurídice Pereira, lembrando que o Governo Civil do Distrito de Setúbal assumiu a luta contra a sinistralidade como uma missão de serviço público, a que ninguém pode ficar alheio.
“A segurança na estrada depende de todos. A estrada tem de ser um palco privilegiado de civismo, no respeito pela vida humana. A realidade nua e crua é a de que cada um de nós é potencial alvo da sinistralidade se não percebermos que o caminho é o da paz na estrada”, disse.
Eurídice Pereira revelou, ainda, que o Governo Civil pretende, dentro em breve, marcar “com a devida visibilidade” os sete pontos negros registados em 2007 no distrito de Setúbal. “Com isto aposta-se na informação do condutor, mas fundamentalmente induzi-lo a uma reflexão que colabore no seu modo de agir”, explicou.
A expectativa da ANSR é que em 2015 Portugal se situe numa posição confortável entre os 27 países da União Europeia, apresentando indicadores de sinistralidade ao nível da Austrália e Luxemburgo, países que em 1975 integravam o conjunto que ultrapassava os 300 mortos por milhão de habitantes e que hoje se situam abaixo da média europeia. De acordo com Paulo Marques, presidente da ANSR, são 10 os objectivos estratégicos e 28 os objectivos operacionais da ENSR, estando “neste momento 14 grupos de trabalho a trabalhar na definição das acções chave com o objectivo de chegarmos a 2015 com 102 mortos por milhão de habitantes”.