O Governo do Paraná reuniu prefeitos e lideranças da região Noroeste do estadopara discutir a duplicação do trecho da BR-376 entre Paranavaí (PR) e Taquarussu (MS). A ligação criaria um novo corredor de transporte para o escoamento da safra dos dois estados, encurtando em até 150 quilômetros o caminho até o Porto de Paranaguá, que é feito atualmente via Maringá.

Com a duplicação, os caminhões transitariam por Porto São José, no município de São Pedro do Paraná, e facilitaria o transporte de mercadorias do Mato Grosso do Sul. “Podem contar com o apoio irrestrito de nosso governo para pleitear esta obra junto ao governo federal. A criação da Rodovia do Agronegócio, como já é chamado esse trecho, trará um desenvolvimento mais vigoroso ao Noroeste e a todo o Paraná”, ressaltou Richa.

O custo estimado da obra é de R$ 850 milhões e inclui a construção de uma ponte sobre o Rio Paraná. O projeto contempla 95 quilômetros de duplicação da BR-376 no trecho paranaense e outros 30 quilômetros em pista simples no Mato Grosso do Sul. A ligação pela rodovia seguiria a partir de Paranavaí, que já teve um trecho de 33 quilômetros duplicados, parte de um aditivo acertado pelo Governo do Estado com a concessionária Viapar, que administra o trecho.

“A duplicação entre Mandaguaçu, Nova Esperança e Paranavaí facilita o projeto de duplicar também o trecho até o Mato Grosso do Sul. Vamos lutar para conquistar mais esta obra, que é de interesse estratégico para o Paraná”, afirmou Richa.

AUDIÊNCIA – A vice-governadora Cida Borghetti afirmou que uma audiência com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, para apresentação do projeto já está marcada para a próxima sexta-feira (18), em Maringá. O ministro vem ao Paraná para anunciar recursos para a ampliação e melhorias no aeroporto regional Silvio Name Junior.

“É um importante projeto que conta com o apoio do Governo do Estado. A duplicação da rodovia com a ligação com Mato Grosso do Sul trará benefícios econômicos e sociais”, disse ela.

CONCESSÃO – Francisco Boni, presidente da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar) e prefeito de Santa Cruz de Monte Castelo, explicou que as lideranças buscam apoio agora, mas o projeto deve ser tocado depois de 2020, quando encerra a concessão da rodovia entre Paranavaí e Nova Londrina, que hoje pertence à Viapar.

“É uma obra de extrema importância. Começamos a trabalhar nela agora para que assim que vencer a concessão, os governos federal e estadual possam juntos duplicar esse trecho, fazer a ponte no Porto São José e criar a Rodovia do Agronegócio”, destacou. “Além de um novo corredor de escoamento da safra, a duplicação da BR-376 traz mais comodidade, segurança e amplia o movimento da rodovia”, disse.

Ele ressaltou o apoio do Governo do Estado ao projeto. “O governador Beto Richa se agrega a nós para que juntos possamos pleitear com o Ministério dos Transportes e realizar esse sonho de desenvolvimento econômico e social do Noroeste paranaense”, disse.

FEDERALIZAÇÃO – O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, destacou que é necessário uma grande discussão para afinar o projeto, já que a duplicação contempla um trecho da PR-577, que precisaria ser federalizado.

“Temos alguns pontos para discutir mais a frente. Alguns trechos da rodovia são federais e outros estaduais, e no lado do Mato Grosso do Sul também há algumas dificuldades e partes, inclusive, sem asfalto”, explicou. “Já temos uma conversa agendada com o Ministério dos Transportes para ter aproximação com o governo federal. A proposta é incluir também o Codesul, já que ambos os estados fazem parte do conselho”, disse.

Ascom