A Polícia Rodoviária Federal está de greve desde o último dia 12. Há uma adesão de 95% dos profissionais. Serviços como os de fiscalização, formalização de acidentes, escolta, comandos educativos e ronda estão parados. O prejuízo da paralisação para a sociedade é explicitado pelo próprio diretor jurídico do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal, Aurélio Rodrigues, à frente da greve: ‘‘a insegurança nas estradas. A partir do momento que o serviço não funciona, as pessoas ficam mais à vontade para cometer infrações’’.
O motivo da paralisação é o descumprimento, por parte do Governo Federal, de acordos com a categoria. Dos três, apenas um foi cumprido. A ampliação do quadro de efetivos. Foram mais de 3 mil vagas abertas. Entretanto, o reajuste salarial e a exigência de nível superior para o ingresso na categoria não foram feitos.
reajuste
O reajuste aconteceria no mês de julho. Entretanto, de acordo com a Medida Provisória 431, ele passou para novembro. A previsão era de que os profissionais tivessem aumento de 10% ao ano em três anos, sendo o primeiro agora em 2008.
O outro acordo descumprido é considerado crucial por Aurélio Rodrigues. A elevação do ingresso para o nível superior é importante, segundo ele, porque valoriza e torna a categoria mais forte e melhora o serviço para a sociedade. Além disso, o diretor jurídico explica que isso é uma evolução natural. ‘‘Hoje são 95% do quadro com nível superior ou se formando. O que temos é uma situação de fato, mas não de direito’’, disse.
Assembléia
Na tentativa de solucionar o problema, haverá uma assembléia hoje em Brasília. Se algum acordo for feito, amanhã a PRF volta a funcionar. Se não, acontecerá assembléia local na qual se decidirá pela greve por tempo indeterminado, segundo Aurélio Rodrigues.
Os únicos serviços que estão funcionando, no momento, são o flagrante criminal e o resgate de vítimas. ‘‘A vida humana está acima de tudo. Jamais seríamos irresponsáveis ao ponto de fazer uma greve que virasse as costas para a vida’’, disse.