A finalização da obra de duplicação da BR 101 deve acontecer em dezembro de 2009, um ano e meio depois da previsão inicial, que era julho deste ano. Até o momento, nenhum trecho da duplicação foi liberado para o tráfego. A obra, que teve início no ano de 2006, mede 81,4 km. Segundo o superintendente do Dnit, José Narcélio Marques, modificações no projeto inicial, chuvas, greve no Dnit são alguns dos fatores para o atraso no andamento das obras.
Um dos atuais entraves seria a greve geral dos funcionários do Dnit. ‘‘Embora não tenha atrasado a execução das obras, se continuar no ritmo em que está vai acabar interferindo. As medições mensais, que atestam o andamento das obras, por exemplo, é feito pelos engenheiros do Dnit’’, disse José Narcélio. Isso sem contar com o prolongado período de chuvas, que fez a obra parar. ‘‘Só em outubro pudemos imprimir um ritmo mais pesado e intenso nas obras’’, informou.
Outro fator que atrasou a execução da obra, seria as modificações no projeto. ‘‘Houve uma série de acréscimos. O principal foi a inclusão de quatro passagens inferiores, que servem para evitar o tráfego de caminhões de cana-de-açúcar pela rodovia principal, que oferecem risco ao trânsito’’, explicou José Narcélio.
Outro problema vem atrasando as obras no Lote 1, construído pelo exército e que vai do viaduto de Ponta Negra ao acesso ao município de Arês, medindo 46,2 km. Cabos, tubulações, postes e fios da Cosern, operadora Oi, Caern e Potigás estão sendo encontrados no local da construção e os responsáveis estão demorando para retirá-los. ‘‘Já faz seis meses que pedimos à Potigás para retirar uma tubulação e eles ainda não fizeram. Até as desapropriações, que eram um problema, estão fluindo com mais facilidade’’, conta. Cerca de 200 desapropriações ainda precisam ser feitas.
O trecho desse lote que vai de Parnamirim a São José do Mipibu, de 15 km, inclusive, seria entregue no úlitmo mês de setembro não fosse os problemas com essas empresas. ‘‘Se resolvermos isso, entregaremos esses 15 km até o final do ano’’, disse José Narcélio. O superintendente informou que 50% do Lote 1 está executado.
Já o Lote 2, que está sendo construído em consórcio com empresas e vai do acesso à Arês até a divisa com a Paraíba, tem 35,4% do trabalho executado. Dentre os motivos do atraso em relação ao primeiro lote estariam o fato de ter sido iniciado quase um ano depois, por causa do processo de contratação das empresas, bem como a liberação de licenciamentos ambientais e as chuvas.
Os prazos de entrega para cada trecho são julho de 2009 para o Lote 1 e dezembro do mesmo ano para o Lote 2. ‘‘São prazos perfeitamente factíveis de se alcançar, se não houver um inverno tão rigoroso no próximo ano’’, disse. No entanto, ele garante que as frentes de trabalho e rendimento da execução estão aumentando. Os trechos devem ser liberados à medida em que ficarem prontos.
AINDA FALTA
As vias marginais de Natal a Parnamirim também precisam ser concluídas. Segundo José Narcélio, eles não foram feitos até agora porque a execução da parte de drenagem só foi liberada este mês. ‘‘Estaremos atacando isso no começo do ano que vem’’, avisou.