Valor oferecido – R$2.190.800,00 – ficou muito acima do segundo colocado, o do Grupo EPR, com R$ 1.170 bilhão
O consórcio EcoRodovias venceu mais uma concessão de rodovias no Brasil. Desta vez, foi o lote da Nova Raposo, leiloado, nessa quinta-feira (28), na B3 – antiga Bolsa de Valores – em São Paulo (SP), no qual a empresa ofereceu nada mais nada menos que R$2.190.800,00 – ágio de 47.117% sobre o valor mínimo exigido que era de R$4,6 milhões.
Com isso, o Grupo Ecorodovias para a controlar a quarta concessão no estado de São Paulo e a 12ª no país. Com a proposta, a companhia se compromete a investir R$ 8 bilhões em obras e melhorias ao longo dos 30 anos de concessão.
Além disso, nas rodovias onde atualmente há pedágio, haverá redução a partir do início da concessão, em média, de aproximadamente 30% do valor da tarifa atualmente praticada.
De acordo com o edital, a nova concessionária será responsável pela administração de 92 quilômetros de rodovias na região metropolitana de São Paulo pelos próximos 30 anos.
Além do Grupo Ecorodovias, participaram do leilão, o Grupo CCR, a Via Appia e o Grupo EPR. Todas elas, já têm concessões no estado de São Paulo.
Veja as ofertas do leilão:
Via Appia Concessões S/A: R$477.480.000 outorga fixa
EPR 2 Participações S/A: R$1.170.800.000
CCR S/A: R$1.040.000.000
EcoRodovias Concessões e Serviços AS: R$2.190.800.000
De acordo com o edital, o trecho leiloado envolve 10 municípios: Araçariguama, Barueri, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Santana de Parnaíba, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu das Artes. Ele é composto pelas seguintes rodovias:
Rodovia Raposo Tavares (SP-270): entre os km 10+900 e 34;
Rodovia Presidente Castelo Branco (SP-280): entre os km 13+200 e 54+100;
Rodovia Cel. Nelson Tranchesi (SP-029): entre os km 34+500 e 43+700;
Estradas, ruas e avenidas que ligam as cidades de Cotia e Embu das Artes.
De acordo com a Ecorodovias, o Lote Nova Raposo compreende 92 quilômetros de trechos de quatro rodovias que atravessam 10 cidades na ligação entre a região metropolitana de São Paulo e o sudoeste paulista.
A nova concessionária do grupo EcoRodovias ficará responsável por executar entre o 3º e 8º ano aproximadamente:
78 quilômetros de faixas adicionais, sendo 34 quilômetros na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e 44 quilômetros na Castello Branco (SP-280);
22 quilômetros de duplicações, sendo 5 quilômetros de duplicação na SP-029 e 17 quilômetros na ligação Cotia-Embu das Artes; e
43 quilômetros de marginais a serem realizadas majoritariamente na Raposo Tavares.
O contrato também prevê a instalação de 2 áreas de descanso para caminhoneiros, implantações de 20 novos dispositivos e adequações em outros 7 existentes, construção de 32 passarelas e adequações de outras duas, e 42 quilômetros de ciclovias, entre outras obras e melhorias.
Ao longo das três décadas de concessão, a iniciativa privada deverá realizar cerca de R$ 8 bilhões em investimentos.
Críticas à concessão
Apesar de o governo paulista considerar um sucesso, moradores e comerciantes das cidades às margens da rodovia criticaram o projeto apresentado pelo governo e disseram que houve falta de diálogo com o poder público. Diante disso, criaram o movimento “Nova Raposo Não” e contrataram uma pesquisa para saber a opinião da população local sobre as obras.
Segundo o grupo, foram mais de 2 mil entrevistados por telefone: 63% deles disseram que nem conheciam o projeto. Dos que conheciam, 77% consideraram que haverá impactos negativos para a população — como redução de áreas verdes, aumento da poluição e da temperatura local.
Governo paulista se defende
Por nota, o governo do estado disse que o projeto ficou aberto para consultas públicas por 30 dias e que 60% das contribuições apresentadas foram incorporadas. Isso é contestado pelos moradores, que afirmam que a “essência do projeto foi mantida”.
O movimento “Nova Raposo, Não” afirma ter consultado especialistas, que apresentaram saídas para melhorar a situação de quem depende da rodovia, sem causar o impacto previsto pelo atual projeto, como:
Aumento da frota de ônibus que transita pela Raposo Tavares;
Implantação de Metrô ou VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) que conecte a capital ao município de Cotia.
2 COMENTÁRIOS
O segundo colocado não foi a CCR e sim a EPR. O valor ofertado pela CCR foi de 1,040 bi e não 1,400 bi.
Prezado, sr. Humberto, boa tarde!
Agradecemos pela mensagem. A matéria já foi atualizada.
At.te,
Equipe Estradas
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O segundo colocado não foi a CCR e sim a EPR. O valor ofertado pela CCR foi de 1,040 bi e não 1,400 bi.
Prezado, sr. Humberto, boa tarde!
Agradecemos pela mensagem. A matéria já foi atualizada.
At.te,
Equipe Estradas