A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades sobre o desastre ocorrido no último sábado, na rodovia CE-040, em Aquiraz, quando um Suzuki Vitara foi colhido por um ônibus de turismo e arremessado contra uma carreta. No acidente, quatro pessoas – dois homens e duas mulheres -, tiveram morte imediata.

Na madrugada de hoje os corpos de duas das quatro vítimas seguiram para Maceió. O delegado Adalberto Mateus da Costa aguarda o laudo dos peritos do Instituto de Criminalística (IC) para indiciar o motorista do ônibus, Josué Nogueira Torres, que já se apresentou e prestou depoimento.

As investigações estão sendo presididas pelo delegado Adalberto Mateus, da Delegacia Metropolitana de Aquiraz. Ontem à tarde, familiares das jovens mortas no desastre compareceram à Polícia para oficializar a identificação delas, receber seus pertences e obter a liberação para que os corpos pudessem ser trasladados, de avião, para Alagoas. As vítimas foram identificadas como Maria de Lourdes da Silva, 31 anos, e Maryanne Araújo Flores Jordão, 25.

PASSEIO – Além de Lourdes e Maryanne, morreram também: Francisco Hélder dos Santos, 33 (que guiava o Vitara); e José Iran Vieira Coutinho, 37. Os quatro eram funcionários de uma multinacional fabricante de medicamentos. Os dois homens moravam em Fortaleza. As jovens, que eram atendentes de telemarketing, residiam em Maceió.

Ontem à tarde, a mãe de Maryanne, Gaucy Araújo Flores, e o pai de Lourdes, Valdemar Galdino da Silva, estiveram na delegacia. Ainda transtornados com a tragédia, eles disseram que foram ao local do desastre e ficaram convencidos de que o acidente foi causado pelo guiador do ônibus. “Não há sequer marca de freio na pista”, disse Gaucy.

DEPOIMENTO – O motorista do ônibus se apresentou à Polícia horas depois do desastre. Josué Torres, que afirma ser habilitado há 21 anos e que nunca se envolveu em acidentes, atribuiu a culpa ao guiador do Vitara. Ao depor na delegacia de Pacatuba (de plantão, no último sábado), o motorista disse que trafegava a cerca de 65 quilômetros por hora e, ao perceber o Vitara parado, tentou frear o ônibus. Mas, não obteve sucesso. Para ele, o motorista deveria ter parado o jipe no acostamento, enquanto a carreta fazia a manobra para entrar na rodovia.