A vulnerabilidade da malha rodoviária federal de Minas Gerais vai continuar por um bom tempo. O Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) previa para quinta-feira a abertura dos envelopes das propostas técnicas e comerciais de licitações para a instalação de radares e semáforos nas estradas, mas um mandado de segurança adiou o resultado para o início de setembro. Enquanto isso, as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 10.037 acidentes, 6.338 feridos e 479 mortos nas rodovias que cortam o estado.
O primeiro edital prevê a instalação de semáforos e faixas de pedestres nos trechos urbanos das estradas e o outro tem por finalidade a contratação de empresa especializada para o controle de velocidade em pontos críticos por meio de radares discretos, mais conhecidos como pardais. A previsão é de que Minas seja o estado mais contemplado com a colocação dos equipamentos, por ter a maior malha rodoviária. Ao todo, o estado deve receber 389 aparelhos, entre radares e medidores de avanço de sinal vermelho.
Além disso, três semanas atrás, outra empresa também já havia conseguido suspender a licitação para contratação de serviços de controle de velocidade nas rodovias federais. Com um mandado de segurança, o Dnit foi obrigado a adiar o resultado, pois a empresa quer mudar o formato da licitação. É pedido que sejam incluídos os quesitos técnicos no edital, que, por enquanto, contempla apenas pontuação para a proposta orçamentária. A procuradoria-geral do órgão apresentou defesa à 21ª Vara Federal, em Brasília, e aguarda posicionamento para a retomada do processo. Sem novos atrasos, é possível que os radares voltem a funcionar em seis meses.