O número de atendimentos a atropelados e feridos em acidentes de trânsito caiu 30% no mês de julho e nos primeiros 13 dias de agosto em relação ao mesmo período de 2007 nos quatro hospitais de referência da rede municipal de saúde.

Já o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) teve queda de 21% na média diária de atendimentos a acidentados desde 20 de maio em relação ao mês anterior à implantação da lei seca.

Os dados da Secretaria Municipal de Saúde também revelam que a diferença nas chamadas do Samu é ainda maior se forem considerados somente os dias em que a PM realiza blitze em São Paulo -de quinta-feira a domingo.

A maior diferença apontada é aos domingos, com redução de 33% nos atendimentos do Samu. Nas sextas, a queda foi de 29%; aos sábados, de 22%.

Segundo o tenente Pedro Luís de Souza Lopes, porta-voz do comando de policiamento da capital, a queda nos índices de acidentes é o principal objetivo da operação. “Ela foi planejada para ocorrer nos dias e horários em que há maior incidência de acidentes e homicídios culposos.” Segundo ele, as blitze não são realizadas somente por causa da nova lei.

Nas rodovias estaduais, segundo a Polícia Militar Rodoviária, os registros de acidentes e vítimas caíram em julho, em comparação com o mesmo mês do ano passado, mas o número de mortes se manteve no mesmo patamar anterior à lei. Foram registradas 191 mortes contra 193 no mesmo período de 2007 -redução de 1,04%.

A polícia aponta como hipóteses para a pequena queda de mortes nas rodovias estaduais a neblina, o grande número de vítimas fatais por acidente, e o aumento da malha rodoviária e da frota de veículos.