Uma das marcas da Oktoberfest é o chope. Este ano, a vigilância sobre o consumo da bebida mais procurada da festa será redobrada. Tudo por conta da implantação da Lei Seca, que pune severamente o condutor que for pego dirigindo embriagado. Para amenizar o problema e evitar uma queda na venda do produto, a coordenação executiva trabalha em um pacote de ações que será aplicado durante os 11 dias da festa.

Em 2007, o público de 445 mil pessoas consumiu 230 mil litros de chope no decorrer do evento. Para esta edição, o presidente Ruben Toillier prevê uma queda natural, por conta da preocupação dos visitantes que precisam voltar dirigindo. Contudo, diz que a organização está trabalhando justamente para oferecer alternativas a fim de minimizar possíveis prejuízos.

A partir da semana que vem começa uma série de reuniões com taxistas, empresas de ônibus, proprietários de lotações e representantes da rede hoteleira, além de órgãos da segurança pública, para elaboração do projeto. Dentre as propostas, está a de chegar a um acordo com os hotéis para que ofereçam serviços de transporte, ida e volta, a seus hóspedes durante as madrugadas da Oktoberfest.

Já em relação aos taxistas, a idéia é buscar uma redução no preço da tarifa no período, garantindo que o público possa ir ao parque e voltar com um custo mais baixo. No caso dos ônibus que realizam o transporte urbano, a coordenação deve sugerir a criação de linhas alternativas durante a noite, fazendo percursos que contemplem os principais bairros.

RESPONSABILIDADE

Este ano a organização pretende monitorar a venda de ingressos antecipados para os dias de shows, para saber de que cidades vem a maioria dos turistas. “A partir disso, se percebermos que é necessário, vamos sugerir às empresas de transporte interurbano que ofereçam linhas extras, facilitando a vinda dos visitantes.”

O presidente diz que a festa não quer de forma alguma perder público por conta da Lei Seca, mas sabe da responsabilidade que a questão envolve. “Queremos disponibilizar toda tranqüilidade. E para isso temos essa preocupação de buscar alternativas para, ao mesmo tempo, garantir a segurança dos visitantes e evitar prejuízos na venda de chope.”

Toillier lembra ainda que, apesar de todo o esforço, também é preciso contar com o bom senso dos motoristas. Neste sentido, deve ser promovida em paralelo uma campanha de conscientização, com distribuição de folders em praças de pedágios e pontos de grande circulação. A 24ª Oktoberfest e 4ª Oktoberfeira ocorrem entre 9 e 19 de outubro, em Santa Cruz do Sul.

NO BAFÔMETRO

•• O limite tolerado pelo teste do bafômetro é de 0,1 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelo motorista (ou 2 decigramas de álcool por litro de sangue). Isso equivale, em média, a um copo de chope
•• Acima desse índice, o motorista é enquadrado nas punições administrativas da Lei Seca. Recebe multa por infração gravíssima, no valor de R$ 955,00, tem a permissão para dirigir cassada por um ano e o veículo retido até que outro condutor vá buscá-lo
•• A partir de 0,3 miligramas de álcool por litro de ar (ou 6 decigramas por litro de sangue), o motorista pode também ser preso em flagrante e sofrer processo cuja pena varia de seis meses a três anos. Para atingir esse limite, são necessários, em média, dois copos de chope
•• O tempo de permanência do álcool no organismo varia de uma pessoa para outra, conforme idade, peso e condições de saúde. O certo é que não basta esperar algum tempo depois da bebida para pegar a estrada
•• Mesmo que você beba dois copos de chope, o álcool pode ser detectável durante um período que vai de três a seis horas. No caso de uma bebedeira, pode estar sem condições mesmo na manhã seguinte. O mais garantido é que o motorista possa dirigir depois de 24 horas.