Todos os passos dados pela atual administração de Limeira frente às negociações com o Estado sobre a duplicação do anel viário acabaram sem destino. A gestão de Cláudio Lembo (PFL), sucessor de Geraldo Alckmin (PSDB) está chegando ao fim e não há nenhuma resposta sobre o convênio que resultaria na realização das obras através da Intervias.
A saída é recomeçar, como afirmou à Gazeta o secretário de Obras e Transportes Renê Soares. Ele admitiu que não houve avanço nas negociações, talvez, por falta de força política sobre a Câmara Estadual. E falou que a presença de Otoniel Lima, eleito deputado estadual pode ser importante para conquistar esse acordo.
Ontem, a Secretaria enviou à Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) um ofício para agendamento de reunião que visa tratar de todos os pedidos de recursos que Limeira fez durante a administração tucana.
O objetivo, segundo Soares, é de manter as conversas com os novos representantes da mesa diretora da Artesp. “Quando José Serra estiver empossado, mudará o presidente da Artesp, portanto, teremos que começar uma aproximação”, explicou.
Também ontem a Secretaria enviou ofício à Companhia de Desenvolvimento Agrícola (Codasp) com a mesma finalidade. Mas nesse caso, para tratar dos investimentos nas estradas rurais.
RECURSO PRÓPRIO
O esgotamento da estrutura do anel viário em conseqüência da demanda preocupa a Prefeitura, como considera o secretário. E já que existe essa demora no desfecho do episódio da duplicação, o Executivo decidiu investir R$ 1,5 milhão na duplicação de um novo trecho que pertence ao município.
De acordo com Soares, a licitação está em andamento. O processo começou recentemente e diz respeito às obras que melhorarão o fluxo no trecho entre a Rua Paraná e a Avenida Lauro Corrêa da Silva. Essa área recebe grande número de veículos e o asfalto constantemente fica danificado.
O secretário também informou que a Prefeitura dará passos lentos com o projeto que prevê a duplicação no trecho do município. Esse trecho corresponde a 50% do total do anel viário.
O outro trecho, que envolve a Intervias é o motivo do impasse entre a cidade e o Estado. A Intervias pede em contrapartida do projeto sobre a obra, a extensão do seu contrato de concessão com a Artesp. É que o projeto de Limeira ganharia espaço no planejamento da concessionária e da Artesp – que controla o cronograma de obras na malha viária em todo o território paulista.