O Presidente Luis Inácio Lula da Silva esteve duas vezes no Acre nesta sexta-feira, 18, por cerca de uma hora, em escala de viagem oficial a Bolívia e Colômbia. Às 17h10, o Presidente desembarcou pela segunda vez no aeroporto de Rio Branco e acertou com o governador Binho Marques providências para manter em dia o cronograma de obras da BR 364. Durante 45 minutos, Lula conversou com autoridades acreanas e assistiu a um vídeo de 1m45s do trecho da BR 364 entre Feijó e Sena Madureira, que está sendo asfaltado. “Nós temos um cronograma rigoroso até 2010 e qualquer falha técnica, um probleminha qualquer pode pôr em risco os prazos dos convênios”, disse Marques.

Para superar esses possíveis problemas, Lula determinou ao seu Gabinete agendar uma reunião para a próxima semana em Brasília. Estarão participando o próprio Lula, autoridades do Acre, a ministra Dilma Roussef, do Gabinete Civil; representantes da área de infra-estrutura terrestre, entre outros.

Acompanharam Lula no Acre os ministros Nelson Jobim (Defesa); Tarso Genro (Justiça) e Marco Aurélio Garcia (Relações Exteriores). Os secretários de Estado do Acre, Gilberto Siqueira, Fábio Vaz, e o diretor-presidente do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre), Marcos Alexandre, acompanharam a visita de Lula.

Na primeira escala, de cerca de 15 minutos no Aeroporto Internacional de Rio Branco. Lula desembarcou às 12h15 do AirBUs A319, o avião presidencial, na viagem a Riberalta, na Bolívia. Após cumprimentar as autoridades estaduais que o recepcionaram, Lula recebeu do governador Binho Marques um relatório impresso do atual estágio da BR 364, obra que recebeu mais de R$500 milhões de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em seguida, embarcou no avião C-105 da Força Aérea Brasileira com destino a Riberalta, onde cumpriu a agenda oficial com o governo boliviano.

O documento entregue por Binho foi avaliado pelo Presidente durante a viagem de cerca de 45 minutos a Riberalta. No retorno a Rio Branco, Lula se reunirá com o governador para conhecer detalhes das obras na BR 364, acertando, em seguida, a agenda de convênios para conclusão da estrada que liga Rio Branco e Cruzeiro do Sul. De Rio Branco, Lula retorna ao AirBus A319 e parte para Bogotá, onde cumpre agenda oficial com o governo colombiano. A escala em Rio Branco se deve a questões técnicas relacionadas às dimensões da pista do aeroporto de Riberalta, que não oferece condições ideais de pouso para o A319.

Lula foi recebido pela presidente do Tribunal de Justiça, Isaura Maia; o presidente da Assembléia Legislativa, Edvaldo Magalhães e pelo prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim.

Na Bolívia, Lula e Evo Morales irão assinar convênio de empréstimo de US$ 230 milhões para a construção e asfaltamento de uma estrada que ligará os estados bolivianos (departamentos) de Beni e Pando com o de La Paz. A cerimônia contou com a presença de Hugo Chaves, Presidente da Venezuela.

O Brasil, segundo a agência Radiobras, ficará responsável por erguer a ponte entre Guajará-Mirim e Guayaramerín, que será ligada à rodovia. A obra irá viabilizar o acesso direto entre Porto Velho, capital de Rondônia, e La Paz, na Bolívia. O governo constituirá também parte do corredor bioceânico, que integrará a malha rodoviária brasileira aos portos chilenos e peruanos no Pacífico.

Lula, Morales e Chávez firmaram acordo para o desenvolvimento e proteção da região amazônica e discutam assuntos relacionados com a Unasul, bloco constituído formalmente no último mês de maio, em Brasília. Sobre esse tema, Binho Marques avaliou a política do Presidente é de solidariedade aos povos andinos e aos países vizinhos do Brasil.

Inserida no contexto do desenvolvimento econômico do País, especialmente do Corredor Norte, a BR-364 é uma importante rodovia que se inicia em Limeira, em São Paulo, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, terminando em Rodrigues Alves, no oeste do Estado. Tendo em vista sua importância estratégica, Lula a incluiu no PAC. Com a reunião da próxima semana, os recursos que já estão assegurados terão sua agenda de liberação sob um rigoroso cronograma confirmado pelo Governo Federal.