Mais de 130 pontes precisam de reparos em Mato Grosso. A maior parte é de madeira e está localizada nos municípios de Juína e Aripuanã. Entre as pontes de concreto, as travessias sobre o rio Cuiabá em Rosário Oeste, na MT-010, e a Sérgio Motta, que liga a Capital e Várzea Grande, precisam da troca dos amortecedores. As duas vão ficar interditadas por aproximadamente 30 dias para conclusão dos trabalhos.

A primeira obra será em Rosário Oeste. A Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu) anunciou o começo dos reparos para segunda-feira (25), após o feriado da Semana Santa.

Na estrutura, vai ser colocado um neoprene fretado (tipo de borracha sintética) entre a coluna e a viga. O secretário adjunto da Setpu, Alaor Alves Zeferino de Paula, explica que a ponte foi construída há 60 anos e, na época, o sistema de amortecimento era de ferro.

O material teve um desgaste natural e o que será instalado é mais moderno, tendo vida útil de aproximadamente 40 anos.

Durante a obra, os motoristas devem optar por desvios durante a obra. A sugestão da Septu é que o tráfego passe pela BR-163, via Acorizal, para quem faz o trecho Cuiabá/Guia/Rosário Oeste. A outra opção é ir pelo Trevo do Lagarto.

Após a conclusão do serviço, a ponte Sérgio Mota será alvo de reforma. A travessia foi inaugurada em 2002 e precisa da troca da proteção que fica entre a cabeceira e o pavimento. Os reparos devem durar 1 mês e o secretário diz que os trabalhadores vão atuar em uma das pistas por vez para não impedir totalmente o tráfego, que é superior a 3 mil carros por dia.

Os técnicos vão instalar no elo entre a pista e a estrutura uma junta para minimizar o efeito da trepidação sobre a ponte.

Madeira – Cento e trinta e duas pontes de madeira precisam de reforma em Mato Grosso. Do total, 32 precisam de reparos urgentes devido às chuvas e outras 100 vão passar por manutenção ao longo do ano. A Septu vai gastar R$ 17 milhões no trabalho.

As travessias que estão em situação crítica serão reconstruídas a partir da próxima semana. O principal problema das estruturas é o apodrecimento da madeira, causado pelo excesso de chuvas. Algumas também não resistem as enchentes e acabam levadas pela correnteza dos rios.

Para o técnico, a fragilidade do material é a principal causa de dano. Ele explica que não existe um relatório preciso, mas na avaliação dele existem mais de 3 mil pontes de madeira em todo o Estado. Na rodovia Transpantaneira, por exemplo, são mais de 200.