O ex-deputado estadual Rubem Brito (PDT) afirma que moradores dos municípios dos Lençóis Maranhenses defendem a imediata retomada das obras na BR-402, “estrada federal fundamental para o sucesso do consórcio turístico” lançado há algumas semanas pelos governadores do Maranhão (Jackson Lago), Piauí (Wellington Dias) e do Ceará (Cid Gomes). O convênio que garantiria a realização das obras foi suspenso pelo Denit, mas quando da visita ao local a ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), se comprometeu com os governadores levá-los ao Ministério dos Transportes para defender a retomada das obras.
Rubem Brito, que é presidente da Caema e esteve quando do lançamento do consórcio, revela que a empresa lançou editais no valor de R$ 8 milhões para a retomada das obras de saneamento básico e abastecimento de água de Barreirinhas, mas que a pavimentação da rodovia federal é também de suma importância para a região. Brito acompanhará o governador Jackson, que estará na quarta-feira em Brasília para conversar com o ministro dos Transportes sobre o assunto.
Quando da visita da ministra do Turismo, ela ficou sensível aos apelos feitos pelos três governadores, mas principalmente com a manifestação de populares e lideranças locais portando faixas que pediam a retomada das obras e mostravam a importância da BR-402 para o Maranhão, Piauí e Ceará. As faixas mostravam as cobranças feitas por cada Estado, dentro do linguajar de cada região, e realizaram um desagravo ao a Jackson, em função da campanha do grupo Sarney contra o governador maranhense.
Na entrevista que deu à IstoÉ, Zuleido Veras, da Gautama, esclarece que foram feitas quatro pontes na BR-402 e que a empresa dele não tem nada a ver com o projeto de pavimentação. “Antes essas pontes eram feitas de madeira e agora são de concreto, porque as anteriores tinham que trocar todos os anos. Nesse caso, como é praxe no mercado de engenharia, as licitações das obras de arte, que são as pontes, não são as mesmas licitações das estradas”. A exploração pejorativa de que as pontes levariam “a lugar nenhum”, segundo o ex-deputado Rubem Brito, prejudicou o projeto de construção da estrada, com a decisão do Denit de suspender o convênio. Brito explica que “as pontes levam aos Lençóis Maranhenses e, como mostram as faixas dos manifestantes que querem a retomada da estrada, os Lençóis não são lugar nenhum”.