Um menino de sete anos morreu atropelado quando tentava atravessar a rodovia federal Belém-Brasília (BR-010), à altura do quilômetro 333, já no município de São Miguel do Guamá.
Julio Alves Lopes estava acompanhado de um outro irmão, de oito anos, que conseguiu passar para o outro lado da pista, onde fica a escola onde ambos estudam, defronte ao ramal da Bacabeira.
Mas seu irmão, que vinha logo atrás, acabou sendo colhido violentamente pelo caminhão-baú, da marca Mercedes, cor branca, placas JVA-7002, de Ananindeua e que estava sendo dirigido pelo
motorista José de Arimatéia Leite de Andrade. O garoto teve morte instantânea.
Logo que atropelou o menor, Arimatéia, que estava acompanhado de dois braçais, entrou em desespero e acelerou o veículo fugindo em direção a Capitão Poço, onde ele tem parentes e onde também existe um escritório da fábrica de ração para a qual ele trabalha distribuindo o produto nos municípios do nordeste paraense.
Por causa disso, de ter fugido do local do acidente sem ter se apresentado a uma delegacia ou quartel da Polícia Militar, ele irá responder pelo crime de homicídio culposo e por tentativa de fuga.
No momento do atropelamento, uma equipe da Polícia Civil da delegacia de Irituia, composta pelo chefe de operações Miguel das Neves e pelo investigador Salk, estava em São Miguel tentando prender um dos cinco homens que tinham praticado um crime em Irituia. Ao saber pelo rádio do que ocorrera e das características do caminhão, os policiais saíram em perseguição de Arimatéia.
Miguel das Neves contou que eles se encontraram na Belém-Brasília com uma equipe da Polícia Rodoviária Federal, e combinaram que os patrulheiros iriam rumo a Mãe do Rio, enquanto os civis seguiriam rumo a Irituia e Capitão Poço. Foi próximo a este município que eles
avistaram o caminhão-baú.
O agricultor Lourival Lopes, pai do menor morto, compareceu à delegacia de São Miguel, onde fez a ocorrência à escrivã Tatiane Quaresma e ao delegado Glauco Valentim, que é da delegacia
de Santa Maria, mas está respondendo pela de São Miguel. Ele disse que seus dois filhos andam cerca de dois quilômetros distante da escola, e que todos os dias vão sozinhos porque ele e sua esposa têm que ir trabalhar na roça. O corpo do menor foi removido para o Instituto de Perícias Científicas de Castanhal.