Contrariando a tendência de alta do índice, as ações ordinárias da CCR Rodovias fecharam esta semana como principal baixa dentre os papéis que compõem o Ibovespa, acumulando queda de 11,94%, fechando esta sexta-feira cotadas a R$ 25,44.

Com esta desvalorização, os papéis acumulam perda de 11,82% desde o início do ano.

Governo frustra planos de privatização A queda dos papéis esteve diretamente associada a uma frustração em torno do processo de privatização de estradas federais. O governo anunciou na quarta-feira o cancelamento do edital de licitação para sete rodovias federais, entre elas a Régis Bittencourt e a Fernão Dias.

Um dos principais fatores para a suspensão foi a taxa de retorno das concessionárias, que estava prevista em 12,88% no edital suspenso. O governo alegou que as empresas estariam formando um cartel para elevar esta taxa para 17%.

Recentemente, diversos analistas já haviam recomendado a compra dos papéis da CCR com a expectativa de participação nas novas concessões.

Nem tão ruim Posteriormente, o Governo Federal tranqüilizou o setor e disse que não pretende iniciar uma onda estatizante e que também não deverá criar uma nova empresa para administrar pedágios em rodovias federais, mas sim, reduzir a taxa de retorno das empresas. Após assustar os mercados com o anúncio da suspensão do edital, o governo já trabalha com a possibilidade de conceder benefícios fiscais às empresas para reduzir as tarifas de pedágio.