Os Jeep Grand Cherokee produzidos entre 1993 e 2004 podem passar por investigação de autoridades norteamericanas. O motivo é o posicionamento do tanque de combustível atrás do eixo traseiro, o que ocasionaria incêndios em colisões traseiras ou capotagens. A denúncia partiu no mês de outubro do Centre for Auto Safety (CAS), uma instituição sem fins lucrativos. O National Higway Safety Administration (NHTSA), uma divisão do departamento de transportes dos Estados Unidos, ainda está decidindo se há evidências suficientes para justificar uma investigação envolvendo os três milhões de carros produzidos pela Jeep.

Em nota oficial, a Chrysler disse que está ciente do relatório e que vai colaborar totalmente com a investigação do NHTSA. “O grupo Chrysler está confiante que um estudo que leve em consideração todos os fatores nas colisões – inclusive colisões traseiras com incêndio – vai mostrar que o Jeep Grand Cherokee (de 1993 a 2004) tem comportamento igual ou melhor que outros veículos no segmento. O Grand Cherokee cumpre ou ultrapassa todas as exigências federais de segurança”, diz a nota.

O Center for Auto Safety (CAS) diz que os arquivos da própria NHTSA mostram que os Jeep Grand Cherokee (de 1993 a 2004) se envolveram em 172 acidentes com incêndio entre 1992 e 2008. Isto causou a morte de 254 pessoas. A petição emitida pelo CAS diz “O tanque de combustível do Grand Cherokee é de plástico e se estende por baixo do para-choque traseiro. Portanto, não há nada que proteja o tanque de um impacto direto em uma capotagem ou colisão traseira por um carro com dianteira baixa ou abaixado pelo mergulho causado pela frenagem”.

No ano de 2005, quando a DaimlerChrysler AG controlava a marca Jeep, o tanque de combustível foi protegido e mudado de lugar. Desde então, também segundo a petição do CAS, houve apenas um acidente com incêndio resultando em morte. O documento também diz que o modelo 1993-2004 tem índice de acidentes fatais com incêndio quatro vezes maior que outros utilitário-esportivos da concorrência. No Brasil, a Chrysler ainda não se manifestou em relação à suposta falha de projeto.